2 de setembro de 2012

Meu dia de cabelo ruim!

Depois de 3 dias deitada, não tenho como não acordar num bad hair day!
E enquanto estou aqui deitada me olhando no espelhinho que guardo no criado mudo, escuto meu filho de 10 anos tocar a Marcha Turca na sala.
 
 
Mozart também era descabelado, todo dia estava num dia de cabelo ruim! Mas ele estava sempre de peruca...
Hoje ele está inspirado no seu estudo musical, porque ontem assistimos no Netflix o filme AMADEUS, que conta um pouco da história de Mozart.
Adoro toda esta musicalidade que ronda a minha casa. E o menorzinho que ainda não toca nada, fica ao lado do piano dançando.
Será que estamos produzindo dois filhos músicos? A diferença entre nós e os respectivos pais do Mozart e Beethoven está no fato de que, desde pequenos, eles foram obrigados a estudar até a exaustão. Nós, no entanto, acreditamos na vocação e dom dele para a música.
Agora ele mudou para a Sonata de Beethoven, que de tão linda me faz chorar...é que estou muito sensível, cheia de buracos na barriga e com uma dor aguda, fininha que fica grave cada vez que me viro.
 
 
A cirurgia foi um sucesso, o Dr. Sérgio me garantiu que seria tranquilo e foi mesmo. Minha gratidão, obrigada.
Em meio a sessão "pipoca", assitimos também o vídeo da minha cirurgia.
Hoje em dia é assim, a gente sai do hospital sem a vesícula e com um filminho de recordação. Meio nojento, diga-se de passagem, vimos tudo ser devidamente desgrudado, fritado e depois puxado para fora. Por dentro, somos todos iguais.
Não sei se é psicológico, mas sinto a ausência dela, um buraco vazio na barriga.
Mas agora, sem Dr. Sérgio, sem analgésico na veia, sem enfermeira entrando no quarto a todo instante, tá mais difícil e dolorido. Não consigo me esticar, não acho posição deitada e sentada meus pés estão inchando. E uma vontade de comer um bifinho ao invés de sopa!
Isto é realmente um grande aprendizado espiritual para mim, que com o meu gênio e personalidade tenho que ficar dependente de um copo d'água e um comprimido.
Ah, o exercício da paciência para uma pessoa sem paciência!!!!
Ah, o meu cabelo bagunçado!!!!!!


24 de agosto de 2012

Para o meu primeiro amor

Na noite de 19 de agosto de 2002, pus meu pijama e achei que fosse dormir.
Quis Deus que eu levantasse, fizesse xixi, a bolsa estourasse e meu filho nascesse.
Depois deste dia, eu nunca mais fui a mesma.
E foi assim que, em 19 de agosto de 2002, às 23h37, nasceu uma Mãe!
Também nasceram um Pai, uma Avó, um Avô, um Tio, uma Tia...
Aquilo não foi um nascimento, foi um acontecimento, que agora completa uma década!
(imagem da internet)
E esta Mãe, que naquele momento também foi parida, ainda aprende a sua função a cada dia. Às vezes erra, muitas vezes acerta e cresce junto com a sua criação.
Meu filho, lembra-se quando você perguntava, após eu dizer que te amava: "quanto mamãe?"
Eu dizia: "muito" e você abria os bracinhos e indagava: "muito quanto, maior que esta sala???"
E eu respondia: "sim, meu amor, maior que o céu inteiro!"

Agora que você está maior, pode entender, que o meu AMOR por você é Infinito!

16 de agosto de 2012

Minha vida sem vesícula...

Enquanto estou aqui, a espera da doce velhinha, secretária do meu cardiologista me ligar, fico pensando, preocupada, que estou sofrendo daquela ansiedade que move o mundo.
Por que a demora em arrumar um mísero horariozinho para mim???
Ela pede calma e paciência, que tudo vai dar certo e eu não acredito. Talvez ela, na experiência dos seus 70 anos esteja certa, mas eu, na ansiedade dos meus 40, chego a perder o ar ao explicar os meus motivos. Talvez porque ela já viva a fase de um dia de cada vez, enquanto eu vivo hoje já com o pézinho no amanhã e no depois de amanhã também e chego até a viver o futuro dos meus meninos.
"Olha, a senhora não tá entendendo...eu opero semana que vem e sem a tal carta da anestesia, tá tudo perdido: a correria dos exames, a agenda do cirurgião, a reserva do hospital..."
Me prontifico a ficar plantada na sala de espera, literalmente, a espera de uma brechinha na agenda, para ele mal olhar para minha cara e dizer "tá tudo bem, vai lá tirar a sua vesícula e boa sorte".
A ansiedade é tamanha que, por causa da cirurgia, já cortei o cabelo 2 vezes nos últimos dias. É que não quero acordar descabelada no hospital...Patricices a parte, é uma sensação de que nada está bom o suficiente.
Até então eu nem sabia que a vesícula ficava do lado direito, embaixo das costelas, nem pra que servia, nem que existia.
Aliás, quem ainda tem vesícula pode ser considerado um ET!
Depois que comento que vou retirar a minha, descubro que a pessoa ou alguém da sua família também retirou. Hoje em dia, parece ser mais comum do que arrancar um dente!
Estava tudo azul, quando de repente comecei a me sentir como um boneco de vodu, com um alfinete espetado ali, causando uma dorzinha fina, que aumenta para facadas depois de uma refeição. Já estou naquele ponto que tanto faz uma folha de alface ou um bife a cavalo.
Daí é só escolher, dependendo do menu, se vou ter náuseas ou piriri.
Como vai ser minha vida sem vesícula eu ainda não sei, mas com certeza vai ser menos agitada, porque esta correria para conhecer todos os banheiros públicos das imediações tá acabando comigo.

17 de dezembro de 2010

Eu te desejo um Feliz Natal!


Estive ausente, eu sei, abandonei meus leitores, sem publicar uma linhazinha  sequer, mas agora quando a qualquer hora me preparo para dar a luz, finalmente me senti apta a sentar e escrever...
Este ano foi muito importante para nós, cheio de realizações, surpresas e emoções. Um ano Maravilhoso em todos os sentidos.
Inicialmente pensei em colocar informações semanais sobre minha gravidez, o que sentia, a evolução do meu bebê, mas são tantos blogs que já falam disso que achei que seria mais uma mãe boba querendo contar ao mundo que vomitou até a 20a. semana e seu pé inchou de vez lá pela 32a. semana, fazendo-a usar as Havaianas do marido!
E agora, com a chegada do meu Miguel-Noel, possivelmente na noite de Natal, quero agradecer a todos que torceram por nós e desejar toda esta felicidade à vocês e seus entes queridos!
Boas Festas e um 2011 cheio de realizações!
Ano que vem tem mais!




24 de junho de 2010

Sobre gols e futebol

Quero começar este post dizendo que definitivamente não sou fã de futebol, embora tenha tentado. Sabem como é, né? Mãe de menino acaba criando novos interesses, que passam a quilômetros do meu universo cor-de-rosa de Barbies, canetinhas perfumadas, bloquinhos da Pucca e fivelinhas coloridas. É que me esqueci de crescer neste quesito; mesmo quando eu era chique (fui até secretária de um famoso ex-Ministro), não deixava de usar um meigo carimbinho da Hello Kit após a minha rubrica.
Agora sei tudo sobre Pokemóns, Ben 10, DS, Bagukan (sem contar os Evoluídos), conheço uma meia dúzia de nomes de jogadores daqui e de fora e Manchester United faz sentido para mim.
Mesmo assim, consigo dormir nos jogos da Copa e os do Brasil não foram exceção...
Meu filho resmunga: "mamãe, você só dorme" e eu justifico: "é que estou fabricando um bebê" e assunto encerrado!
Dias atrás Marido perguntou se eu não iria escrever sobre a Copa. Eu preferia ter escrito sobre o Dia dos Namorados, mas no meio desta minha sonolência e enjôos de grávida, não saiu nem um nem outro.
Aliás tem gente que ainda não acreditou, mas é verdade!!!! Sim, estamos todos grávidos aqui em casa!!! 
Só que as minhas sonecas nos jogos e total falta de patriotismo futebolístico já vem de longe. Sou famosa por dormir fora de hora, na cara das visitas, dentro do carro. É mais forte do que eu.
Em 98 virei motivo de risos na empresa, quando numa feijoada organizada pelo departamento para os jogos da Copa, dormi a ponto de cair com a cara na mesa, durante um jogo do Brasil.
Felizmente acordo na hora dos gols, contagiada pela alegria do filhão e o grito ensurdecedor das vuvuzelas, que parecem ter aposentado os fogos de artifício.
É, nem tudo é perfeito (e eu nem tinha contado que eu também sou fã da Lady Kate!!).

31 de maio de 2010

Tem um nenê na minha barriga

Oi amigos,
é com muita alegria que uso o meu blog para contar prá vocês uma novidade (não tão nova): vou ser mamãe de novo!!!
Pois é, fui ver o Mickey e voltei com o Pateta (ou a Minie) na barriga, há há há!!!!!
Meus amigos pessoais sabem, afinal nunca escondi de ninguém, que queria muito aumentar a família, mas uma hora era o lúpus, depois os remédios, depois a tireóide, a disfunção hormonal, os cistos, os 38 anos e assim por diante e a cada dia eu via esta hipótese virar sonho guardado na gaveta. E então, fechamos a fábrica.
Mas eu sou brasileira e brasileiro nunca desiste, né? Frase boa em época de copa...
Rezei para todos os santos, arrumei uma nova fé, fiz harmonização com o Feng Shui, reverência aos antepassados, pintei somente um olhinho do Daruma que minha amiga me deu uns anos atrás (aliás preciso urgente pintar o outro), na verdade não pedindo a Deus um filho, mas sim que eu conseguisse equilibrar minha saúde, algumas vezes tão frágil e outras tão perfeita que até pensei ter erro de diagnóstico.  
Fui ver adoção, mas realmente esta opção não se encaixava nos nossos padrões. Queria um nenêzinho, mas já ter um filho biológico me levava para o final da fila e se esperasse 2 ou 3 anos, desistiria de vez...
E fomos vivendo a nossa vidinha cor-de-rosa, da maneira que melhor sabemos: curtindo nossa casa, nosso cachorro, nosso filhão, curtindo nossos poucos mas fiéis amigos, um vinhozinho nos dias frios, tomando café espresso, eu fazendo bolo. Porque nós somos assim, meio caseiros, reservados, amamos a todos, mas muitas vezes preferimos a solidão do nosso canto, pois a gente se basta.
E assim, como já disse nos meus outros posts, vamos levando a vida, comemorando as conquistas e coisas boas, chorando e esquecendo rapidinho as ruins e agradecendo muito aos Céus sermos a família "montinho", sempre juntos, sempre amontoados uns nos outros.
Só sei que viajamos, eu andei em montanha russa (as mais bobinhas, mas não deixam de ter solavancos), comi muita porcaria e voltei com a barriga super inchada.
É claro que botei a culpa nos cistos, afinal coleciono alguns e na pobre da Copa Airlines, xingando o tempero panamenho que até agora me dá enjôos só de pensar.
Num primeiro momento não pensei em se tratar de um bebê, afinal aos 38 a probabilidade de engravidar normalmente é pequena, imagine então com cistos do tamanho de um limão de cada lado! Além do que, estava sem menstruar direito desde dezembro passado, devido ao tratamento para os mesmos, que me deu mais hemorragia do que outra coisa.
Mas é aí que entra o Divino, o destino, Deus, nossa missão ou seja lá o que for que traça um caminho perfeito para nossa existência. Quando tudo ia contra, eis que Marido acerta a mira e pimba!!!!
E é isso, cá estou eu, cheia de sono, vomitando até as tripas pela manhã, com nojo da buchinha Scoth-Brite que vejo sobre a pia, acho que a propaganda eco da Bombril me pegou, com desejos e uma fome sem fim (estou louca por pudim de leite moça), verdadeiro horror a café de máquina que eu tanto amo, e tendo que ficar de perninhas para cima, num repouso meio que forçado após um pequeno contratempo.
Amigos, se vierem me visitar, por favor, tragam algo bem gostoso, que estou na base do purê de batatas, tá?

19 de maio de 2010

Viva o 19 de maio!

Eu sou uma pessoa muito ligada a datas, que são associadas a músicas, lembranças, cheiros e histórias. E assim eu nunca esqueci o dia 19 de maio, o dia que saí pela primeira vez com Marido e que apesar de não ter tido nenhum beijinho, é para mim, oficialmente, o dia que começamos a namorar. E olha que já faz tempo, 16 anos.
Lembro que, na véspera, fui ao aniversário de uma colega de faculdade e estava ansiosa porque no dia seguinte, iria almoçar com meu vizinho.
Pois é, Marido era meu vizinho, mas não pensem que isso foi um caso de amor de infância não, pois quando eu era criança, ele já servia ao Exército. E Marido também era um pouco "freio de mão puxado", me convidou para sair a primeira vez eu tinha 17 anos e a segunda só foi aos 21!!! E é claro que nesta longa espera de 4 anos a fila andou, cheguei até a noivar, mas o destino quis que eu me apaixonasse e me casasse mesmo era com o filho da D. Alzira!
E assim foi nosso segundo encontro, numa cantina italiana perto do Campo de Marte, onde passamos a tarde conversando, tomando vinho e sendo convidados a nos retirar, quando lá pelas 16h00 o garçom informou que precisavam fechar o restaurante.
Neste dia descobri que éramos almas gêmeas, com um milhão de afinidades em gênio e personalidade e outro milhão de diferenças, em opiniões formadas e criação, que tornaram nosso relacionamento uma verdadeira escalada de fé. Graças a Deus eu sou uma pessoa super insistente e determinada, como boa taurina e visionei ali o futuro pai dos meus filhos e cachorros.
E por isso, hoje teremos jantarzinho especial, embora todo dia aqui em casa eu faça um menu de Chef, com direito a bolo (sobremesa é só para final de semana), para dormirmos de barriguinha bem saciada neste friozinho regado a neblina, que tornou o dia chuvoso com cara de inverno mais feliz. Bem diferente daquele de 16 anos atrás, que se bem me lembro, teve até Sol ou será que foi o calor do encontro?

9 de maio de 2010

Celebrate today!!!

Desde o último mês, só tenho tido boas notícias sobre minha saúde e como uma bola de neve, acontecimentos felizes foram trazendo mais acontecimentos felizes e de tão felizes, resolvemos que precisávamos comemorar mais a VIDA! 
E assim, meio que de sopetão, Marido decidiu proporcionar meu niver na Disney. E lá fomos nós gastar nosso inglês e doláres na casa do Mickey, com direito a chapéu com orelhas e crachá "My Birthday" prá não pegar fila,  "Happy birthday to you..." prá mim a cada esquina e tudo o mais que eu achei que tinha direito. E olha que eu sou cheia de direitos mesmo!!
Quem conhece sabe do que estou falando e para aqueles que acham que é um passeio de criança, ficarão surpresos ao encontrar uma dentro de si ao pisarem naquele mundo encantado.
E eu nem estou ganhando nada para fazer esse "jabá", mas aconselho todo mundo ir. É mágico, é gratificante e principalmente, inesquecível! É claro que também é dolorido, ao final de cada dia não sentimos mais os nossos pés, mas este detalhe é totalmente irrelevante...
E cada vez é uma emoção nova, diferente da anterior. Porque lá, a Magia se renova a cada estação, a cada ano. A gente até esquece que viajou de "Animal Class", que é como ir de Fusca para a Bahia.
É tudo lindo, é tudo limpo, organizado, educado, tudo funciona perfeitamente.
E vamos nos lembrar de seguir mais a filosofia do Walt Disney, estampada a cada pedaço do parque e nas palavras dos seus colaboradores: "Celebrate today" e "Have a magic day".
Porque todos nós temos muitos motivos para comemorar e celebrar cada dia, torna nossa vida mais mágica.
Obrigada de coração a todos que me mandaram e-mails de aniversário, que me ligaram e eu não pude responder.
E agora de volta, energia renovada, me aguardem!

  

10 de abril de 2010

Tô feliz!

Como diz a música "I gotta a feeling" - Black Eyed Peas (adoro a Fergie), postada ao lado: "...party everyday, party everyday..."
Agora é festa todo dia! Só tenho a agradecer a Deus e comemorar, sem novos caroços no intestino! A feijoada da Soninha domingo que vem que me aguarde!!!
Um brinde À Vida! Sáude! Le haim!
Beijos a todos que torceram por mim.

8 de abril de 2010

Um chá de delicadeza

Eu adoro escrever de sexta-feira, mas amanhã será um dia daqueles!
Após 4 comprimidos de laxante, cá estou esperando o efeito bombástico, vislumbrando uma noite de rainha: sentada no trono!
É que amanhã farei um procedimento chatinho lá no Canal da Mancha, para verificar se os pólipos que retirei do intestino cerca de 1 ano e meio atrás voltaram ou não.
Mas estou tranquila, desta vez não tenho sintomas e nem tomo mais o coquetel de remédios que quase acabaram comigo. Poucos sabem, nunca fiz um auê disso, mas o meu lúpus está dormindo faz tempo, que por vezes chego a achar que tive um erro de diagnóstico. Hoje minha doença está só no papel, nos resultados dos exames que, com disciplina e paciência repito periodicamente.
Quando fiquei doente e achei que fosse morrer que nem um perú de Natal, de véspera, antes da hora (se é que alguém nesse mundo sabe quando é a nossa hora), ouvi de uma médica, que só faltou me enterrar viva, que era para eu ir me acostumando, que era daí prá pior...Acho que ela faltou na aula onde ensinavam dar notícias ruins aos pacientes!
E naquele momento de choque, ela me disse que doenças autoimunes eram próprias das pessoas estressadas, somadas a sorte de uma predisposição genética.
Chorei dias e dias e noites também, olhando pro meu mundinho tão cor-de-rosa, tão lindo, tão perfeitinho, meu marido, minha casa, meu nenê, meus bibelôs...
E os meus sonhos, o que eu faria com eles? Será que eu teria tempo de vivê-los? E assim foram dias, acho que meses, de medo e lágrimas.
Até que conheci um médico, um bam-bam-bam da Reumatologia, que me cobrou o olho da cara para me dizer que eu não ia morrer disso, mas sim com isso e que ser avó ou quem sabe bisavó dependeria das minhas atitudes dali prá frente, para não deixar que as doenças oportunistas se aproveitassem da minha fragilidade imunológica. Bingo!!
E então nesse dia resolvi, meio como no livro "O Segredo", traçar um projeto para que, a curto e médio prazo, eu pudesse dar uma guinada no meu estilo de vida, a começar profissionalmente.
Quem me conhece sabe, nunca fui triste ou infeliz, mas sempre fui estressada. Pois é meus amigos, esta fofa que vos escreve nem sempre foi essa flor de formosura que eu julgo ser.
E foi assim que larguei um empregão, com tudo que eu tinha direito, para me dedicar a um sonho antigo: estudar sobre o mundo paralelo, espiritual, as energias, o invisível e depois trabalhar com isso, ajudando as pessoas a viverem melhor.
E hoje eu falo de tudo isso na maior tranquilidade, porque realmente o Universo conspirou ao meu favor. Atraímos aquilo que projetamos para nós, sejam coisas boas ou mesmo ruins. Precisamos saber em que onda energética estamos nos ligando (mas isso é assunto pro meu blog de Feng Shui, né?).
Por isso eu quis escrever sobre isso, agora que este assunto já está totalmente resolvido para mim. Nós criamos as nossas doenças, as nossas dores de cabeça. 
Paciência, tolerância, não querer agarrar o mundo com os nossos dois bracinhos são as melhores aspirinas para o nosso dia-a-dia.
É claro que eu ainda tenho os meus dias de fúria, mas daí olho pra esse mundão verde que vejo da minha janela, pros meus queridos aqui de casa, pro Fredinho (tava demorando eu falar dele), vou até a cozinha, preparo um "chá de delicadeza", capim-cidreira funciona muito bem, pego a caneca quentinha, com fumacinha e tudo o mais e vou prá varanda, encontrar com Deus no meu quintal.

19 de março de 2010

Cocô no pé dos outros é refresco (uma pequena variação daquele conhecido ditado)

Quando se mora num lugar como o que eu moro, as mudanças de estação são bem visíveis. Estava aqui sentada lendo meus e-mails e olhando o Sol bater diretamente na tela, coisa que até um mês atrás não acontecia...Os raios de Sol invadem minhas janelas por novos ângulos e de repente aquela planta que não recebia luz nunca está tomando seu solzinho matinal.
E não é só isso: às vésperas do Outono as folhas caem e aqui, rodeada de árvores, muito mais. Elas caem, caem, caem e entopem meus ralos, minha calha e realmente não há nada de poético nisso. Bom para o jardineiro, cujas visitas são esperadas ansiosamente (oba, ele vem hoje!), embora no dia seguinte a grama já esteja coberta novamente.
Então o Fredy, que também tem suas manias, depois de três ou quatro dias já não faz mais o seu cocôzinho na grama, pois ele não suporta colocar suas patinhas nas folhas melecadas de orvalho e então transfere seu pipi room para a calçada em frente aos quartos.
Bem, eu não podia esperar outra coisa dele. Se eu sou cheia de manias e os cachorros são a cara do dono, logo temos que o Fredy é uma Patricia de patas!. Acho que ele também tem mania de limpeza!
E por falar em cocô de cachorro, dias atrás, na mesma semana pisei neles três vezes. O que pisei aqui em casa nem liguei, não riam, mas é porque tenho o meu chinelo de recolher cocô!! Quem conhece minha casa sabe, preciso subir e descer um penhasco a caça dos montes espalhados. E olha que faço isso todos os dias.
Como sabem o cocô do cachorro é proporcional ao seu tamanho (isto não vale para nós humanos, tem dias que me surpreendo com os jacarés que meu filhinho solta no vaso, parece coisa de gente grande!) e é claro que um Boxer produz um montinho no mínimo cinco vezes maior do que um Maltês, que dá para recolher com um guardanapo.
Então é 1 kg certo todos os dias aqui no meu quintal e é comum eu pisar em alguma bomba deste campo minado. É por isso que arrumei um chinelo para esta árdua tarefa, que faço sem reclamar por amor ao Fredy e higiene mesmo, que mosca de cocô sentando na gente é nojento.
Até aí tudo bem, já tenho uma natureza ecológica desenvolvida para isso, mas cocô de cachorro alheio é que nem cocô do filho dos outros, a gente torce o nariz e não dá, né? E o pior é que, as duas vezes na mesma semana, foi na calçada em frente ao colégio do meu filho.
É uma correria todos os dias na hora da saída da escola. Aqui tudo é cronometrado, é por isso que tenho relógios espalhados por vários cantos da casa. Até na lavanderia tenho um relógio de parede.
Tenho hora e minuto certo para descer a rampa de casa, pois cinco minutos na estrada fazem diferença no trânsito que pego no bairro. E não é só chegar na hora, não. Tenho que disputar a tapa (ou buzina) uma vaga para estacionar com as outras mães, se quiser parar perto do portão de saída. Trata-se de uma ruazinha estreita e todas nós pensamos igual: vou chegar 10 minutinhos mais cedo para pegar uma boa vaga.
Após visualizar a tal vaga, geralmente sem muita escolha, ainda tenho que fazer uma baliza digna de exame de auto-escola e enfiar o carro naquele buraco de primeira, porque já tem carro atrás buzinando e os "tios" das peruas escolares rindo...
Daí eu desço apressada, pois tenho que entrar no colégio e buscá-lo dentro da classe, então subo a ladeira sem olhar para o chão e pronto, afundo o pé na lama.
Quem foi que inventou que pisar em cocô de cachorro dá sorte? Pois nas duas vezes me falaram isso e até agora eu não ganhei na loteria. 
Mas esta semana eu encontrei uma dona passeando com seu cãozinho sem saquinho para recolher o serviço e não tive dúvidas, perguntei se ela não tinha vergonha de ficar "encocozando" a calçada alheia. E sabe o que é pior, a calçada nem é tão alheia assim, pois descobri que ela mora poucos metros abaixo, ali, no mesmo quarteirão.
Só me resta torcer para que ela também enfie o pé na jaca e veja como fede!!! 
Viu? Eu preciso mesmo ir na igreja com mais frequência, para purificar meu coração e não desejar cocô no pé do próximo.  
E acho que vou mudar o nome do meu blog para "Idéias e Patricices e Fredices", pois como percebem, eu faço variações sobre o mesmo tema: a vizinha, o jardineiro, a minha família, o cotidiano, o tempo e é claro, o Fredy!

26 de fevereiro de 2010

Eu voltei!!!

Não me perguntem o que aconteceu, mas de repente é como se tivesse ficado paralisada, não saía uma linhazinha sequer, nem o jardineiro, o cachorro ou o vizinho me tiraram do sério a ponto de um breve desabafo.
O que eu tive foi uma overdose de pedreiros, que moraram aqui no meu quintal, numa reforma que não acabava nunca, atrasada pela chuva, ventos, raios e trovões. E junto com uma churrasqueira ganhei um monte de cabelinhos brancos e umas dores novas, provocadas pela tensão.
Então hoje eu acordei com saudade do meu filhinho caçula de poucos meses, abandonado pela mamãe aqui: o meu blog.
Uns amigos escreveram perguntando o que tinha acontecido: "você não escreve no blog, não manda mais e-mail, não sobrecarrega a nossa caixa de entrada com baboseiras sem fim". E eu percebi que mais que um blá blá blá corriqueiro, tinha virado parte da rotina de alguns, que me liam e me escreviam. É isso, tinha virado utilidade pública e não sabia!
Minha faxineira tirou férias e a substituta não veio, nossa energia não combinou ou melhor, nosso santo não bateu. E assim, com a casa de pernas pro ar, resolvi retomar a escrita e deixar para pensar na bagunça depois. Meu Deus, será isso uma evolução da minha mania de limpeza???
Anteontem assisti com meu filho o filme "Marley e Eu". Rimos, choramos e nos idêntificamos com a historinha do "pior cão do mundo". Terminado o filme, fomos ao quintal acariciar o Fredy, já que ele anda tão fedorento que não tem passado da porta da cozinha.
No filme, o protagonista conta em sua coluna num jornal local as peripécias do Marley, sua história de amor e ódio com o cachorro, destruidor de sofás, almofadas e sossego. Então bateu a saudade de escrever sobre um dos meus temas favoritos: o meu cachorro Fredy.
O Fredinho nem de longe se equipara ao Marley, mas sempre tem uma novidade. Sem contar que ele pensa que é o centro do Universo! Até chorar e bater a pata na janela do meu quarto no domingo ele aprendeu, quando levanto mais tarde e ele não recebe o desjejum como de hábito. Ninguém merece levantar-se às 5h30 no final de semana. Também quero descansar no sétimo dia.
Eu olho para ele e vejo uma pessoa, mais exatamente um velhinho ranzinza, apesar dele ter somente 1 ano e meio. Ele resmunga, bufa, baba e ainda faz diversas vezes ao dia o que chamamos de sessão " ninguém me ama".
É um momento dramático, ele podia ser ator, porque ele entra na casinha dele, aquelas tipo iglu, enorme, comprei tamanho São Bernardo prá não ter miséria, deita no chão com as patas pro alto ou pro lado e bate, bate, num barulho fenomenal.
E eu, de onde estou, respondo: "tá bom Fredy, já te ouvi, mamãe te ama". E ele, ao ouvir minha voz faz mais barulho ainda, até a gente se encher e gritar: "quieto!!", porque às vezes ele faz sessões noturnas.
Para quem tem espaço e não tem ainda um bichinho de estimação, sempre indico ter um Boxer. Acredito que seja uma das raças mais carinhosas do mundo. É tão fiel ao seu dono, dedicando um amor puro e verdadeiro, como se quisesse falar. Faz caras e bocas, cheias de baba é claro, desarmando a gente quando ele  encosta aquele monte de bochechas no chão e  deixa os olhinhos caírem de amor... 
Hoje ele vai tomar banho, porque apesar de ser um Boxer, ele frequenta o pet shop como se fosse um Maltês. E adora um passeio de carro. Daqui a pouco o taxi dog vem buscá-lo, porque eu nem cogito botar o meu neném de 30 kg cheirando a pastel frito em óleo vencido no meu carro.
Mas depois, como recompensa, a gente rola no chão e eu encho ele de beijos, porque ele volta macio, perfumado, brilhando, mesmo que isso tudo dure apenas alguns minutos, até ele rolar na grama, se chafurdar no barro e ficar mal cheiroso após morder um sapo ou qualquer outro representante da minha fauna local.



  

  

6 de janeiro de 2010

Considerações de Ano Novo

Ano novo, vida nova! Pelo menos deveria ser assim e sei que é para muitos de nós.
Naquele brinde com champagne renovamos nossos votos de amor, promessas, redução de peso, mais tolerância, menos estresse. Tudo bonito, como se a virada do ano fosse um grande passe de mágica coletivo.
Então vem o dia seguinte e ao ligarmos a televisão, nem tudo são fogos.
Há muito tempo parei de escutar o noticiário pelo rádio, coisa que antes, se ficasse sem, me sentia um E.T. Pegava todo o engarrafamento da manhã e noite me envenenando aos poucos, pois infelizmente o que escutava era uma seleção de desgraças. Para completar, fechava o dia com jornal na TV e ia dormir pesada, contaminada pela desgraça alheia.
Até que um dia dei um basta e mudei de estação.
Mesmo hoje, com outros rumos profissionais, onde nem sempre "estaciono" meu carro no congestionamento, me recuso a tomar estas pílulas diárias que só fazem azedar o dia. Às vezes nem percebemos que acordamos bem e em pouco tempo baixa uma deprê.
O nosso elenco de notícias é digno de filme trash ou de terror: desabamento, deslizamento, alagamento, roubalheira, sem vergonhice nos Três Poderes e por aí vai.
O fato é que é impossível ficar alheia a notícia do momento: a tristeza da virada em Angra.
E a mídia, é claro, nos martela insistentemente a dor e a desgraça do ocorrido e a gente vai mudando de canal procurando alguma outra informação, numa variação sobre o mesmo tema.
Hoje de manhã, no rádio do carro, ouvi um comentário "do mal", na mesma estação que ontem exibia trechos comoventes da entrevista como os donos da pousada atingida, que mais que a perda financeira, perderam algo inestimável e irrecuperável: a filha.
Esta mesma rádio, que ontem afagava, noticiava que a pousada em questão não tinha licença ambiental para funcionar, fato que a prefeitura local iria averiguar para tomar as providências.
Na sequência, foram atrás da entidade reguladora da questão e concluíram a matéria com a informação de que esta licença em nada impediria a fúria da natureza que ali se apresentou, porém dando então um outro tom à notícia, como se quisessem agora transformá-los em réus...
Cheguei a conclusão que é mesmo da natureza humana querer achar um culpado para tudo e inicia-se uma nova etapa: vamos malhar o Judas!
Acho que para 2010 quero copiar um pouco o estilo da minha secretária aqui de casa: das notícias quero saber apenas as manchetes e preencher o pensamento com músicas tolas, que não te fazem pensar, mas que inevitavelmente te fazem mexer as cadeiras. Acho que vou comprar o CD do Calcinha Preta, parar de assinar a Veja e ler mais Contigo!


23 de dezembro de 2009

Então é Natal...


Escutei o final do ano batendo na porta!!! E isso me deu um medinho!!!

Começou quando montamos a nossa árvore de Natal. Tenho por costume montar 1 mês antes, no dia 25 de novembro.
É sempre um momento de festa, meu filho fica ansioso com os preparativos que antecedem todo o ritual, como tirar do depósito as caixas de enfeites, bolas, laços e pisca-pisca, limpar tudo e colocar ao sol para remover a inhaca de quase um ano guardado. Depois esperamos papai chegar, jantamos e ficamos até tarde arrumando tudo!
Foi aí que parei para contabilizar: mais um Natal e Ano Novo se aproximando...
Quando olho para meu filho crescendo, esqueço que na verdade eu também estou envelhecendo, que já não caibo na mesma calça do Natal passado, que tenho tingido o cabelo com mais freqüência por causa dos fios brancos e que apesar de ser amiga dos cremes, um pezinho de galinha insiste em se instalar no canto do meu olho...
E nem contei que viramos tios-avós duas vezes em novembro. Os dois sobrinhos do meu marido viraram papais quase no mesmo dia. É a vida e a família se renovando e a gente envelhecendo.
E é por isso que eu gosto de fazer aquela tradicional listinha dos desejos para o Ano, que mede o quanto me empenhei em ser mais feliz do que no ano que passou.
Porque na minha lista não coloco só coisas materiais, como um carro novo, não. Na minha lista peço felicidade para todos os meses do ano, que todo dia seja dia de brindar, com água ou champagne, não importa, desde que eu possa colocar na mesa meus pratos e copos bonitos e tenha uma comidinha gostosa para partilhar com os meus.
E que no outro dia eu tenha saúde para me levantar cedinho como faço, geralmente às 5h30 e agradecer a Deus por estar viva e bem. E então tudo o mais é conseqüência.
Então quando percebi o final do ano deu as caras, pequei minha listinha para ver se não esqueci de ser feliz nenhum dia...Se tratei mal alguém ainda terei tempo de pedir perdão, se não cumpri uma promessa, ainda poderei me esforçar em fazê-la, se não fiz algo útil ao meu semelhante, ainda dá tempo de me doar. E aí sim, na noite de Natal quando formos ceiar, comerei meu perú com a consciência tranqüila de que amei, fui feliz, ajudei, doei, me empenhei e realmente tive um ano muito bom!
Um grande e feliz Natal a todos! Que o verdadeiro espírito desta noite encha de amor os corações de todos nós.

PS – no meu blog de Feng Shui, tem umas dicas legais para preparar a casa com boas energias para o Ano Novo.



13 de novembro de 2009

Sobre mim e poesia

Conheci poesia na escola, embora minha casa fosse recheada de livros, cultura saindo pelo ladrão...Mamãe pedagoga, papai psicanalista, uma loucura! Eu nasci normal, embora mamãe tenha dito que foi fórceps...E o Freud morava lá em casa...
Cresci enfiada nos livros e olha que eu nem era feia, muito estudo, muita informação. E eu achava bonito colecionar papel de carta perfumado e fazer livro de poesias, minhas e dos outros. Sempre gostei das poetisas, acho que as mulheres conseguem confeitar mais as palavras, pôr doce no amargo.
Acho que é por isso que gosto da Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida na Cidade de Goiás em 20 de agosto de 1889 e falecida em Goiânia em 10 de abril de 1985. Cora foi quituteira, mãe, escritora e poetisa.
Leio este poema e penso em mim, que faz um bolo quando está feliz, que faz um bolo quando está triste, que joga suas dores na panela e mexe, mexe, e faz um caldo gostoso, que gosta de transformar o ruim, o mais ou menos em assados e que quando fica pronto já virou a página, servindo tudo com café prá ficar mais poético.
Por isso, pego emprestado um poema da Cora e apresento a vocês:

Todas as vidas (Cora Coralina)
(extraído do livro Poemas dos becos de Goiás e estórias mais - Global Editora - 1983 - S.Paulo, Brasil)

Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

7 de novembro de 2009

Você faz xixi no banho?

Numa época em que o bonito é ser politicamente correto, ambientalista, natureba e ter cara de pepino, colocar-se contra alguma atitude desta natureza causa um impacto muito maior que o ambiental: "o quê, você NÃO faz xixi no banho??????????????????????" (cara de espanto ou de pepino se preferir).
Pois é, gente, confesso que, apesar de toda a minha consciência ecológica, ando com vontade de esganar o criador do slogan "você faz xixi no banho?"...
Não, porque é muito bonitinho na televisão, naquela propaganda onde baixinhos e grandinhos fazem um xixizinho no box, mas convenhamos, e o xibó que fica impregnado no banheiro, após este ato tão fofo e amigo da natureza, hein? Ou seu xixi cheira a rosas?
Experimente fazer um xixizão concentrado no banho, daqueles de um dia inteiro, que não desce todo ralo abaixo não (esqueceu que tem aquela aguinha parada no fundo do ralo?), fechar a porta do banheiro e num dia de calorzão como hoje, voltar lá 1 hora depois...É cheiro de wc de rodoviária minha gente, concentrado, pode até ter evaporado, mas o odor não, disputando espaço com os sabonetinhos cheirosos e sais de banho que tenho por lá. Deus do céu!
Meu filho, que está sendo ecologicamente educado, tá todo engajado, repetindo que 1 descarga a menos por dia gera economia de 12 litros de água. Ainda mais para nós aqui onde moramos, onde a água é preciosidade e usamos fossa séptica!
Tô achando mais fácil marcarmos horário para um xixi coletivo em família e depois mandar tudo por água abaixo numa única apertada de descarga.
Porque se continuar assim, teremos uma economia de água e um gasto excessivo de desinfetante cheiroso para perfumar o box, que se bobear vai agredir muito mais a natureza, pois nem sempre compramos produtos biodegradáveis, outro deslize meu.
É melhor então ensinar meu filho a fazer xixi na grama, lá no banheiro do Fredy...
Eu sei que ainda tenho muito que evoluir neste quesito e outros tantos que acho que nem umas 5 encarnações vão resolver meu caso, mas cada um com sua consciência.

Para os meus amigos leitores mais evoluídos do que eu, mais informações no http://www.xixinobanho.org.br/

PS - quando acabei de escrever este texto, recebi um e-mail de um amigo com uma triste realidade: coalas morrendo de sede na Austrália devido ao calor excessivo, mais uma consequência do aquecimento global. Fiquei mal...A natureza pede socorro!

Por isso vou lançar agora uma campanha: "vamos fazer mais xixi no escritório"...ha ha ha...


4 de novembro de 2009

A que ponto chegamos!

Tem certas coisas que vão nos irritando e um belo dia tomam proporções gigantescas, que só esganando alguém prá se sentir um pinguinho aliviado...
Sabe as centrais de telemarketing, aquelas que te ligam desmedidamente, insistentemente, até você, do outro lado da linha mandar a infeliz da atendente para aquele lugar?
Pois estou passando por um caso assim, e o pior, tenho que provar que sou a vítima!!!!!!!!!!!
Desde abril recebo todos os dias às 08h05 da manhã uma ligação da Aymoré, procurando um tal Sr. Júlio César, que no mínimo deu um calote nesta empresa. E a meio ano tento explicar que esta criatura não mora aqui, nunca morou (o endereço também confere) e peço que retirem o meu telefone da lista deles. Em vão!
E assim, dia após dia, atendente após atendente, rezo a mesma missa e escuto a mesma coisa:
- " não desistimos porque um dia ele atende..."
- " senhora, não posso fazer nada, é o sistema que faz a ligação..."
- " senhora, a senhora não me xingue, que eu estou fazendo o meu trabalho..." - o de me atormentar, é claro, sem direito a reclamação!
- " senhora, não sei informar como tirar o seu telefone do cadastro, só o Sr. Júlio César poderá fazer isso..." - isso se ele pagar a conta!
E o absurdo dos absurdos foi eu ter instalado um identificador de chamadas, só para não atender o número deles, com uma despesa a mais na minha conta de telefone.
Pra quem reclamar???? Já usei os canais de comunicação, falei na Ouvidoria, mas de que resolve, até agora ninguém me ouviu!
A que ponto chegamos! Ter que provar que o caloteiro não mora na minha casa, não é dele esta linha telefônica, ter que implorar para que parem de me perturbar!!!!!
Reclamar prá quem? Reclamar prá quê? Problemas do mundo moderno? Foi como o caso da lava-louça, que eu "agredi" e não que veio com um probleminha de fábrica...
E o meu processo contra uma loja que não me socorreu, após uma cadeira despencar do alto de uma prateleira na minha cabeça, rachar meu côco, sangue pra todo lado...sabe o que o Gerente fez? Nada!
Ao invés de chamar uma ambulância, ele foi ao banheiro buscar papel toalha para cobrir o sangue que escorria no chão, para não assustar os outros clientes!! Levei 5 pontos e fiquei parecendo um padre franciscano, pois rasparam o topinho da minha cabeça no melhor estilo tigelinha para poderem costurar. 
E assim, dia após dia vamos perdendo a fé nas instituições, pois é mais fácil eles empurrarem guela abaixo que eles estão trabalhando e a gente tá tentando impedir, do que a sociedade ser revista, ensinar boa conduta desde a escolinha maternal, assim quem sabe, haveriam menos caloteiros, pessoas usando endereço e números de telefones falsos, menos empresas se achando no direito de ferir o direito do próximo de não querer ser incomodado, gente mais honesta, sociedade mais justa.
Pronto, falei!
E mudando de pato prá marreco, ou melhor prá porco-espinho, recebi um e-mail de uma amigona com fotos fofas de bebês desta espécie...Vejam que graçinha, dá até vontade de apertar, opss!


O que se atracou com o atacou o Fredy já era adulto, muito maior e bem feinho.
Ele já está ótimo, tanto que hoje roeu o bambu que cerca a minha roseira. Bem, isso é sinal que tudo já voltou ao normal...




(foto: internet)

30 de outubro de 2009

Fredy versus porco-espinho

Meus dias tem sido bem agitados ultimamente, e as noites também!! Por isso não estranhem que estou a essa hora escrevendo (00:55) ao invés de estar no 10o. sono, mas é a maneira que encontrei de passar o tempo enquanto espero o Fredy voltar do pronto-socorro veterinário.
Acho que também estou com sentimento de culpa, porque mais cedo briguei com ele, o chamei de "feio,feio, menino feio", disse "mamãe tá muito brava" e nem o deixei chegar perto de mim depois da sessão de chilique que tive. O motivo: destruiu, de novo, uma linda Dracena que o jardineiro me deu de presente na semana passada (ele agora quer me reconquistar depois dos últimos fatos) e que plantei na subida da rampa.
É que o Fredy, um boxer totalmente humanizado, se vinga das minhas plantas quando percebe que dou um pouco mais de atenção ao jardim do que a ele. Ele também é taurino, e vocês sabem, né, quer ser o centro das atenções (ou do Universo??).
E foi graças ao meu ritual de cremes e pinça de sombrancelha antes de deitar, que escutei uns gemidinhos doídos debaixo do vitrô do meu banheiro. Se já tivesse dormindo, talvez não escutasse o pedido de socorro do meu nenê de rabo.  
E triste cena quando cheguei ao quintal, o Fredynho todo amarelo dos espinhos, fedendo a estivador sem desodorante, aliás este é o cheiro que ficou por lá, sangrando gengiva afora e com um olhar tão desesperado que quase morri do coração!
Pegamos o alicate e tentamos tirar os piores, perto dos olhos e focinho, mas quando abrimos a boca, outro susto. E lá foi o maridão, sozinho, Serra abaixo, a procura de um hospital canino e eu peguei o cabo do rodo mais um guarda-chuva imenso que tem cabo de madeira, para me defender, caso o invasor resolvesse me atacar também e fui dar uma geral no quintal, para me certificar de que o inimigo se foi...
Ele acabou de me ligar!
Anestesiaram o Fredy e tiraram espinhos do céu da boca, garganta e focinho, tadinho...E tadinho de nós também, a conta mais pareceu um final de semana num Spa, mas ele merece, afinal ficou assim para nos defender, pois essa é a maior característica dele: não deixa uma mosquinha sequer chegar perto de nós e da nossa casa.
É que morar no meio do mato tem suas vantagens maravilhosas, mas temos também que aprender a conviver com uma fauna totalmente inusitada: aranhas, minhocas, sapos, escorpiões, lacraias, moscas, mosquitos, gambás, raposinhas, macacos, pássaros diversos e agora porco-espinho, última novidade no meu quintal.  
E quando ele chegar daqui a pouco, vou enchê-lo de carinhos, beijos e finalmente dormir, certa de uma coisa, não troco esta vida por nada!
PS - isso vale pro marido também, que sem ele, eu não seria tão feliz.



Este boxer da foto não é o Fredy, mas é igualzinho. Outro pobre coitado que também passou por maus bocados. Achei a foto agora na internet, na ânsia de saber o perigo que ele passou.

28 de outubro de 2009

Eu e minha língua, parte II: por que é que sou assim??!??!!?

Ai, eu não me aguento! Me segurei hoje o dia inteiro para não escrever bobagens, conversar com o marido, contar primeiro o que fiz, ver a cara dele de espanto (ele ainda se espanta comigo) e é claro, ouvir algum conselho de alguém que, sem dúvida, pensa muito mais do que eu antes de falar e agir.
Seguia feliz e calmamente para o laboratório hoje de manhã, (calmamente é um pouco de exagero, pois estava mesmo é p. de não fazer o exame onde sempre fazia, o laboratório se descredenciou do meu convênio, mas isso é outra história), para o meu check-up rotineiro, quando "estacionada" no trânsito da avenida de acesso ao local, vi na calçada ao meu lado 4 moçoilas daquele gênero religioso que acham que sempre tem razão.
Até aí tudo bem, quero deixar claro que sou multireligiosa, apelo pro santo que me ajudar primeiro, aliás, futebol, religião e sexo são 3 coisas que não discuto: cada um sofre/torce por quem quer, acredita no que lhe convier e se deita com quem quiser... 
Estacionei o carro, fiz a ficha e fiquei sentadinha no meu canto, olhando a senha, o painel, quando de repente olho pro café e quem eu vejo? Aquele quarteto que sei lá porque me chamou a atenção.
E minha percepção não estava enganada!
Cena 1: elas estavam colocando na bolsa aqueles singelos pacotinhos de bolacha que recebemos ao final do exame, para ajudar a engrossar o café.
Cena 2: uma delas, a líder, num movimento impetuoso sequestrou o jornal e puft, jogou sacola adentro, para fazer companhia as bolachas.
Cena 3: eu dei um pulo da cadeira e fui atrás!!! Sei lá porque, mas fico indignada com certas coisas e cara-de-pau é uma delas.
Passei na recepção e perguntei ao guarda: aquelas moças trabalham aqui?
O que??? Não??? Pega, pega, elas roubaram o jornal!!!!!
E elas correram prá fora e eu corri foi é prá dentro.
O rapaz ainda tentou sair atrás, mas a fila na entrada o impediu de maiores atitudes.
E eu arrumei minhas madeixas loiras, mais lisas e platinadas do que nunca (ontem estive na Odete fazendo "luzes" e "milkshake platinado") e voltei ao saguão, corada, estupefada, indignada e sendo olhada como um ET, só porque achei o fim aquelas lá agirem daquele modo e não consegui me calar diante de uma falta de modos, educação ou seja lá o que for. Porque quem rouba um jornal, amanhã pode também te aplicar um golpe, roubar sua bolsa, sua casa, seu marido...como se calar, se manter alheia?  
Entre os conselhos do meu marido, o de sempre: "cuidado, uma hora você leva um cascudo de alguém".
E quanto as moçoilas, penso que quem muito ora é porque tem mesmo muito pecado a ser perdoado. Tomara que toda essa oração sirva para que elas percebam o feio que fizeram, vestidas de santas e com alma de pecadoras!!

16 de outubro de 2009

"A língua é o chicote do rabo"

Vai dando sexta-feira e eu vou ficando ansiosa para escrever umas bobagenzinhas para vocês!!

Para minha surpresa, tenho muitos leitores, por vezes até recebo e-mails comentando o que postei. Isso para mim é uma alegria, pois eu não esperava que alguém se interessasse semanalmente por aquilo que passa na minha cabeça (e não é piolho - há há há)!!!

A vida para mim se tornou algo muito simples de uns tempos para cá...Para mim, o eixo central se tornou a minha família e quando digo família quero dizer meu marido e meu filho, pois quando a gente se casa, continuamos amando a todos, mas aquela antiga família vira "os familiares" e uma nova célula, um novo núcleo é formado.

Quando passei a pensar assim, o dia clareou, a tensão diminuiu, o sono melhorou. Como boa filha, sobrinha, neta, irmã e Taurina, era básico querer cuidar de tudo e manter o bem-estar de todos. Nem as sessões de fisioterapia desentortavam a minha coluna, que arqueava com o peso que eu jogava sobre as minhas costas.


Quando fiquei doente e achei que fosse morrer que nem um peru (na véspera, antes da hora), descobri que precisava tirar sacos e mais sacos de cimento de cima de mim, é claro que precisei de uma britadeira, pois muita coisa já estava consolidada, mas depois desta reforma, nunca mais tomei um Dorflex.

Hoje pouca coisa me tira o sono, pois o que antes era muito importante, hoje é nem tanto, só não consegui perder ainda a mania de limpeza, mas também nem sei se quero, gosto de ser assim, sou mais feliz quando tudo cheira a Veja Floral.

Sempre gostei de observar as pessoas. Aliás, me prendo facilmente a um papo.

Acho mesmo que a minha numeróloga (tenho uma, se alguém quiser fazer o mapa, eu indico, é fantástico) tem razão. Este ano entrei no ano pessoal 1 e coincidentemente ou não, criei meus dois blogs, fui convidada a fazer uma palestra sobre Feng Shui, comecei a estudar piano e segundo ela, vou ficar famosa.

Acho que é porque gosto de ouvir as histórias dos outros, assim como gosto de escrever sobre as minhas. Entre um ahan e outro, que sempre faço quando alguém me conta um "causo", sinto um interesse sincero em saber porque aquela pessoa é assim.
Aliás, hoje na porta da escola aprofundei um pouco mais o relacionamento que tenho com um senhor que busca a neta todos os dias. Nossos papos não duram mais que 3 minutos, é o tempo do portão abrir e nem sempre chegamos juntos. Mas já tracei o livro da vida dele.

Ele contou coisas boas, coisas tristes, suas conclusões. Hoje ele cuida da esposa que tem Alzheimer e encara a vida de uma maneira tão simples que chega a irritar.

Ele é Budista e este foi o ponto de intersecção entre nós. Ele também acredita como eu que "todo Que tem um Porque".

E é este outro olhar que me inspira, a visão do outro sobre a vida, é a minha língua que não pára, meus dedos que digitam meus pensamentos e a vontade que tenho de falar e falar.

De manhã estava lendo e vi uma frase interessante: "a língua é o chicote do rabo". E percebi que assim sou eu, açoitada pelas minhas palavras, por essa linha direta entre meu cérebro e minha língua, sem filtro, que encontrou na escrita uma maneira de dominar os pensamentos e traduzi-los em textos, que felizmente encontra pessoas como vocês para ler.

E como fazem os adeptos da Seicho-No-Ie, que frequentei muitos anos com minha mãe, só tenho a agradecer: muito obrigada, muito obrigada, muito obrigada.

9 de outubro de 2009

Sexta-feira com friozinho e bolo de maçã

Sexta-feira, friozinho...Da minha janela vejo a neblina invadindo os morros da Serra, cobrindo as copas das árvores, molhando o meu chão.
Daí deu vontade de fazer bolo e tomar café. Aliás, a minha idéia feliz de café da tarde é cópia de um clip infantil do Cocoricó, aquele da TV Cultura. Quem tem criança em casa com certeza já viu e prá quem não viu, vale a pena ver.
Mostra uma tarde de frio e chuva na casa da vovó no sítio e tem uma musiquinha mais ou menos assim:
"chove, mas como chove, chuva, chuvisco, chuvarada, por que é que chove tanto assim...
...
e a vovó me chama, menino vem cá, vem tomar chá, vem comer bolo de cenoura, com cobertura de chocolate quente...
...é bom, muito bom, muito mais do que bom, é excelente...
...
óh que tarde tão bela, banana quente no forno com açúcar e canela..."
E assim vai, não me lembro direito da música, faz tempo que não vejo o DVD, pois meu filho já passou um pouco dessa fase (eu não!!).
E este cenário de frio, chuvinha, bolo e café (não gosto muito de chá), se tornou a minha visão de felicidade nas tardes geladas aqui em casa.
Eu não tinha cenoura, então fiz um bolo de maça com canela, receita do Edu Guedes, que peguei tempos atrás pela TV e comi ainda quentinho, agora a pouco, com café.
Como o que é do homem o bicho não come, meu jardineiro voltou a ser fiel e eu o perdoei, com um enorme pedaço de bolo. E assim, nada como um dia após o outro, também vou perdoar a vizinha, porque não consigo ficar brava muito tempo e quem guarda mágoa, fica doente.
Só a Brastemp que ainda tá me dando canseira, mas depois do feriado eu penso nisso.
E prá quem ficou com vontade, segue a receita do bolo, fácil de fazer e como disse a minha "secretária" aqui de casa: perfeito!
BOLO DE MAÇÃ COM CANELA
BATER NO LIQUIDIFICADOR
3 ovos / 2 xícaras de açúcar / 1 xícara de óleo
2 xícaras de maçãs picadas com casca (tem que ser daquelas bem vermelhinhas/doces)
Colocar a mistura num tigela, sobre 2 xícaras de farinha de trigo, 1 colher de sopa de fermento e 2 colheres de sopa de canela em pó.
Bater bem e colocar para assar numa forma de furo no meio, por +/- 45 minutos.
Importante: assim que colocar a massa na forma, polvilhe com canela em pó, para formar uma casquinha crocante depois de assado.
Assista o clip no YOUTUBE:
Bom apetite, bom final de semana e bom feriado!

2 de outubro de 2009

Cansei de ser boazinha, agora eu quero é ser chata!

Hoje foi um dia daqueles e olha que meus dias são calminhos, por vezes cor-de-rosa e lilás (estou como as mães de bebês meninas atualmente, preferindo o lilás ao rosa).
Aliás minha indignação começou na 3a feira, quando liguei no 0800 do fabricante da minha nova lavadora de louça e fui tratada com desdém e pouco caso.
Fiquei quase 13 anos com uma Enxuta, que ganhei de um ex-chefe querido quando me casei. Não era lá grande coisa e mesmo assim, só foi depois de uns 5 anos de uso diário que ela começou a querer se aposentar e ainda seguiu firme e forte por mais 7 anos, sobrevivendo com os remendos que o meu técnico fazia desde que a coitada saiu de linha e não havia mais peças para repor...
E então, operada várias vezes, ela veio a pifar de vez em julho, sem nenhum risco ou ferrugem.
Logo veio uma nova, linda, inox, top de linha. Pensei: se for que nem a outra, só terei que trocar nas Bodas de Prata.
Ledo engano! E após 2 meses percebi que as pontas dos divisores de pratos e copos dos cestos foram ficando amarelas, laranjas e por fim, se soltaram, mostrando todo o ferrugem.
Munida da nota fiscal, manual e paciência, contei à atendente o meu problema, certa de que por estar no início da garantia, imediatamente enviariam um técnico com os cestos para a troca.
Mas não, passei por um interrogatório quase que policial, explicando detalhadamente como eu procedia com ela, para ouvir no final, que eu era a única que tinha reclamado disso até agora neste lote de máquinas e que talvez o problema fosse que eu estava "agredindo" a máquina com mau uso!!
E cá estou eu, esperando o parecer do fabricante que, não autorizou a Autorizada vir aqui em casa já com as peças, mas mandou um técnico de outra cidade, porque o posto que atende a Serra fica a no mínimo uns 30 km daqui, ver se eu usava o sabão indicado por eles (SIM), se a instalação estava correta (SIM), até do paninho que coloco em cima dela para não grudar gordura e poeira ele falou...revirou, mexeu e mandou eu esperar que o relatório dele chegue na fábrica e a mesma diga: a cliente está com a razão ou não, pois estou perdendo a fé nestas instituições.
Daí, passei a manhã esperando o jardineiro chegar e para minha surpresa, ele foi abdusido por uma vizinha, daquelas que ficam te rondando, perguntando se a sua faxineira é boa, se o jardineiro é fiel e depois "crau" ou "creu", marcam um servicinho com eles bem no dia da sua casa, porque afinal, a "D. Patricia é boazinha" e não vai nem ligar...
Não!!! Não quero mais ser boazinha, quero agora que falem a "D. Patricia é uma chata" ou chatona se ficar melhor, assim parece que fica mais fácil exigir nossos direitos, impor respeito ao próximo, viver melhor nessa nossa sociedade por vezes tão esquisita.
E para passar a raiva, acho que vou rastelar a grama, recolher o cocô do Fredy e olhar este mundão verde que vejo da minha janela...Verde acalma????

2 de setembro de 2009

Minhas campanhas

Hoje estou inaugurando um cantinho especial no "Idéias e Patricices". É um espaço reservado a links de entidades que conheci e pretendo ajudar, começando por divulgá-las no meu blog.
Ando um pouco sensível, acho que é a bendita da TPM, mas ontem fiquei muito emocionada parada no farol, quando fui pegar meu filho no colégio.
Hora do almoço, um calor dos infernos, nós ali tranquilinhos, na comodidade do nosso ar condicionado, quando parou ao meu lado uma Kombi. Apesar de ter o selo da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) estampado na porta, num primeiro momento não percebi que se tratava de um transporte especial. O que me chamou mesmo a atenção, foi ver um menino da idade do meu filho, preso numa cadeira de rodas, dentro do carro.
Este menino, paciente da instituição, me emocionou a ponto de lágrimas surgirem em meus olhos.
Ele estava ali, quietinho, com os olhos fixos no teto devido a sua deficiência, totalmente alheio ao que se passava ao redor. Ainda haviam mais duas crianças no carro...
Agradeci mais uma vez a Deus pelo filho perfeito que tenho (nunca me canso de agradecer), sapeca, brincalhão, que às vezes me tira do sério, que felizmente tem uma infância plena, vai ao colégio, enfim tem sua própria vidinha, cheia de sonhos e imaginação.
É tudo o que uma mãe quer: ver seu filho feliz.
Não estou entrando no mérito da felicidade destas famílias, mas com certeza são pais muito mais fortes do que eu, que me julgo fraca diante de uma situação destas.
Mas voltando à Kombi, baixei o vidro, é claro que eu não podia deixar de puxar conversa (uma característica minha é puxar papo com todo mundo) e logo descobri que estas crianças voltavam de suas sessões de tratamento, dependiam muito da boa vontade alheia e que a entidade precisava de nossa ajuda (tudo isso em 1 minuto de farol!).
Cheguei em casa, procurei AACD na internet e descobri coisas legais (veja o link no campo lateral da página).
Não quero induzir ninguém a ajudar esta ou aquela outra entidade, mas apenas pedir a vocês que parem um minutinho e pensem em tudo de bom que tem. Com certeza irão ver que precisarão de horas, que só 1 minuto não basta e que uma maneira de agradecer tudo de bom que nós temos é ajudando o próximo, aquele que de alguma maneira tocar nosso coração.
E daí vocês escolhem a quem destinar essa ajuda, aumentando a população de gente boa deste planeta.
Pensem nisto!

28 de agosto de 2009

Deliciosa torta para o final de semana

O final de semana está chegando, o friozinho dando uma trégua, nada melhor do que aproveitar o Sol e desembolorar! Por isso, nada de perder tempo na cozinha.
Peço desculpas, não esqueci dos meus amigos leitores fiéis, mas tive uns dias de loucura. É uma arte conciliar agenda do filho, agenda escolar, minhas consultorias, aulas de piano, casa, supermercado, sobe Serra, desce Serra, o Fredy fazendo arte, blogs, chuvinha, enfim, meu dia precisava de mais umas 6 horas pelo menos.
Também estou tentando resolver os probleminhas com minha Playlist, que em breve voltará para a página. Por enquanto, é texto sem musiquinha, fazer o quê, né?
Ontem mesmo saí correndo com o Fredy para o Dr. Márcio, meu querido Veterinário, com um rasgo de uns 3 cm na coxa, profundo, quase no músculo. Fui em ritmo de ambulância, com o cachorro preso ao cinto de segurança choramingando no banco da frente e o filho choramingando no banco de trás, sem contar no sangue derramado.
O que ele aprontou? Não sei! Revirei o quintal em busca de provas do crime, mas não encontrei nada diferente do básico de sempre: vasinhos plásticos destruídos, plantas arrancadas, galhos destroçados, correspondência picada...
E agora, por 1 semana terei mais uma atividade: higienizar o ferimento 3x/dia.
Faz parte, né? Quem ama bichos me entende!
Então vou passar uma receitinha super prática, para ninguém perder o final de semana na cozinha, mas cheia de glamour. Esta torta é um arraso!
Sabe aquela receita básica de torta de liquidificador? Pois então, o toque está neste recheio divino que eu mesma criei e batizei de "torta cremosa de palmito com queijo".
O tempo total de preparo não ultrapassa 20 minutos e depois é só assar. Anotem:
Torta de Liquidificador: (bater a massa toda no liquidificador)
  • 3 ovos inteiros
  • 1 xícara de chá de óleo
  • 1 e 1/2 xícara de chá de leite
  • 1/2 pacote de queijo ralado
  • 2 xícaras de chá de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de fermento
  • 1 colher de café de sal
Bater bem até formar um creme homogêneo.
Recheio:
Numa panela, fritar 3 cebolas raladas em 3 colheres de sopa de manteiga. Eu uso a manteiga culinária, mas serve a normal também.
Acrescentar palmito picadinho, 1 vidro grande e deixar fritar mais um pouco.
Desligar o fogo e colocar sobre a mistura 3 pacotes de queijo parmesão ralado e 2 cremes de leite. Se for o de caixinha longa vida, não precisa tirar o soro, mas se for de lata, sim.
Misturar bem, sem aquecer, até formar uma pasta "grudenta".
Untar com margarina e farinha uma assadeira redonda (sem furo no meio) de +- 30 cm de diâmetro e despejar 1/2 da massa. Em seguida, colocar todo o recheio e cobrir com o restante.
Assar em fogo médio/baixo (180 graus) por aproximadamente 45 minutos ou até ficar dourada.
Acreditem, esta torta é maravilhosa e o principal, não precisa de grandes acompanhamentos. Uma salada de alface é mais do que suficiente.
Bom apetite!!