26 de fevereiro de 2010

Eu voltei!!!

Não me perguntem o que aconteceu, mas de repente é como se tivesse ficado paralisada, não saía uma linhazinha sequer, nem o jardineiro, o cachorro ou o vizinho me tiraram do sério a ponto de um breve desabafo.
O que eu tive foi uma overdose de pedreiros, que moraram aqui no meu quintal, numa reforma que não acabava nunca, atrasada pela chuva, ventos, raios e trovões. E junto com uma churrasqueira ganhei um monte de cabelinhos brancos e umas dores novas, provocadas pela tensão.
Então hoje eu acordei com saudade do meu filhinho caçula de poucos meses, abandonado pela mamãe aqui: o meu blog.
Uns amigos escreveram perguntando o que tinha acontecido: "você não escreve no blog, não manda mais e-mail, não sobrecarrega a nossa caixa de entrada com baboseiras sem fim". E eu percebi que mais que um blá blá blá corriqueiro, tinha virado parte da rotina de alguns, que me liam e me escreviam. É isso, tinha virado utilidade pública e não sabia!
Minha faxineira tirou férias e a substituta não veio, nossa energia não combinou ou melhor, nosso santo não bateu. E assim, com a casa de pernas pro ar, resolvi retomar a escrita e deixar para pensar na bagunça depois. Meu Deus, será isso uma evolução da minha mania de limpeza???
Anteontem assisti com meu filho o filme "Marley e Eu". Rimos, choramos e nos idêntificamos com a historinha do "pior cão do mundo". Terminado o filme, fomos ao quintal acariciar o Fredy, já que ele anda tão fedorento que não tem passado da porta da cozinha.
No filme, o protagonista conta em sua coluna num jornal local as peripécias do Marley, sua história de amor e ódio com o cachorro, destruidor de sofás, almofadas e sossego. Então bateu a saudade de escrever sobre um dos meus temas favoritos: o meu cachorro Fredy.
O Fredinho nem de longe se equipara ao Marley, mas sempre tem uma novidade. Sem contar que ele pensa que é o centro do Universo! Até chorar e bater a pata na janela do meu quarto no domingo ele aprendeu, quando levanto mais tarde e ele não recebe o desjejum como de hábito. Ninguém merece levantar-se às 5h30 no final de semana. Também quero descansar no sétimo dia.
Eu olho para ele e vejo uma pessoa, mais exatamente um velhinho ranzinza, apesar dele ter somente 1 ano e meio. Ele resmunga, bufa, baba e ainda faz diversas vezes ao dia o que chamamos de sessão " ninguém me ama".
É um momento dramático, ele podia ser ator, porque ele entra na casinha dele, aquelas tipo iglu, enorme, comprei tamanho São Bernardo prá não ter miséria, deita no chão com as patas pro alto ou pro lado e bate, bate, num barulho fenomenal.
E eu, de onde estou, respondo: "tá bom Fredy, já te ouvi, mamãe te ama". E ele, ao ouvir minha voz faz mais barulho ainda, até a gente se encher e gritar: "quieto!!", porque às vezes ele faz sessões noturnas.
Para quem tem espaço e não tem ainda um bichinho de estimação, sempre indico ter um Boxer. Acredito que seja uma das raças mais carinhosas do mundo. É tão fiel ao seu dono, dedicando um amor puro e verdadeiro, como se quisesse falar. Faz caras e bocas, cheias de baba é claro, desarmando a gente quando ele  encosta aquele monte de bochechas no chão e  deixa os olhinhos caírem de amor... 
Hoje ele vai tomar banho, porque apesar de ser um Boxer, ele frequenta o pet shop como se fosse um Maltês. E adora um passeio de carro. Daqui a pouco o taxi dog vem buscá-lo, porque eu nem cogito botar o meu neném de 30 kg cheirando a pastel frito em óleo vencido no meu carro.
Mas depois, como recompensa, a gente rola no chão e eu encho ele de beijos, porque ele volta macio, perfumado, brilhando, mesmo que isso tudo dure apenas alguns minutos, até ele rolar na grama, se chafurdar no barro e ficar mal cheiroso após morder um sapo ou qualquer outro representante da minha fauna local.



  

  

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