16 de outubro de 2009

"A língua é o chicote do rabo"

Vai dando sexta-feira e eu vou ficando ansiosa para escrever umas bobagenzinhas para vocês!!

Para minha surpresa, tenho muitos leitores, por vezes até recebo e-mails comentando o que postei. Isso para mim é uma alegria, pois eu não esperava que alguém se interessasse semanalmente por aquilo que passa na minha cabeça (e não é piolho - há há há)!!!

A vida para mim se tornou algo muito simples de uns tempos para cá...Para mim, o eixo central se tornou a minha família e quando digo família quero dizer meu marido e meu filho, pois quando a gente se casa, continuamos amando a todos, mas aquela antiga família vira "os familiares" e uma nova célula, um novo núcleo é formado.

Quando passei a pensar assim, o dia clareou, a tensão diminuiu, o sono melhorou. Como boa filha, sobrinha, neta, irmã e Taurina, era básico querer cuidar de tudo e manter o bem-estar de todos. Nem as sessões de fisioterapia desentortavam a minha coluna, que arqueava com o peso que eu jogava sobre as minhas costas.


Quando fiquei doente e achei que fosse morrer que nem um peru (na véspera, antes da hora), descobri que precisava tirar sacos e mais sacos de cimento de cima de mim, é claro que precisei de uma britadeira, pois muita coisa já estava consolidada, mas depois desta reforma, nunca mais tomei um Dorflex.

Hoje pouca coisa me tira o sono, pois o que antes era muito importante, hoje é nem tanto, só não consegui perder ainda a mania de limpeza, mas também nem sei se quero, gosto de ser assim, sou mais feliz quando tudo cheira a Veja Floral.

Sempre gostei de observar as pessoas. Aliás, me prendo facilmente a um papo.

Acho mesmo que a minha numeróloga (tenho uma, se alguém quiser fazer o mapa, eu indico, é fantástico) tem razão. Este ano entrei no ano pessoal 1 e coincidentemente ou não, criei meus dois blogs, fui convidada a fazer uma palestra sobre Feng Shui, comecei a estudar piano e segundo ela, vou ficar famosa.

Acho que é porque gosto de ouvir as histórias dos outros, assim como gosto de escrever sobre as minhas. Entre um ahan e outro, que sempre faço quando alguém me conta um "causo", sinto um interesse sincero em saber porque aquela pessoa é assim.
Aliás, hoje na porta da escola aprofundei um pouco mais o relacionamento que tenho com um senhor que busca a neta todos os dias. Nossos papos não duram mais que 3 minutos, é o tempo do portão abrir e nem sempre chegamos juntos. Mas já tracei o livro da vida dele.

Ele contou coisas boas, coisas tristes, suas conclusões. Hoje ele cuida da esposa que tem Alzheimer e encara a vida de uma maneira tão simples que chega a irritar.

Ele é Budista e este foi o ponto de intersecção entre nós. Ele também acredita como eu que "todo Que tem um Porque".

E é este outro olhar que me inspira, a visão do outro sobre a vida, é a minha língua que não pára, meus dedos que digitam meus pensamentos e a vontade que tenho de falar e falar.

De manhã estava lendo e vi uma frase interessante: "a língua é o chicote do rabo". E percebi que assim sou eu, açoitada pelas minhas palavras, por essa linha direta entre meu cérebro e minha língua, sem filtro, que encontrou na escrita uma maneira de dominar os pensamentos e traduzi-los em textos, que felizmente encontra pessoas como vocês para ler.

E como fazem os adeptos da Seicho-No-Ie, que frequentei muitos anos com minha mãe, só tenho a agradecer: muito obrigada, muito obrigada, muito obrigada.

Um comentário:

Tony Madureira disse...

Olá Patricia,

Como estás?
Tudo de bom.

Bjs