17 de dezembro de 2010

Eu te desejo um Feliz Natal!


Estive ausente, eu sei, abandonei meus leitores, sem publicar uma linhazinha  sequer, mas agora quando a qualquer hora me preparo para dar a luz, finalmente me senti apta a sentar e escrever...
Este ano foi muito importante para nós, cheio de realizações, surpresas e emoções. Um ano Maravilhoso em todos os sentidos.
Inicialmente pensei em colocar informações semanais sobre minha gravidez, o que sentia, a evolução do meu bebê, mas são tantos blogs que já falam disso que achei que seria mais uma mãe boba querendo contar ao mundo que vomitou até a 20a. semana e seu pé inchou de vez lá pela 32a. semana, fazendo-a usar as Havaianas do marido!
E agora, com a chegada do meu Miguel-Noel, possivelmente na noite de Natal, quero agradecer a todos que torceram por nós e desejar toda esta felicidade à vocês e seus entes queridos!
Boas Festas e um 2011 cheio de realizações!
Ano que vem tem mais!




24 de junho de 2010

Sobre gols e futebol

Quero começar este post dizendo que definitivamente não sou fã de futebol, embora tenha tentado. Sabem como é, né? Mãe de menino acaba criando novos interesses, que passam a quilômetros do meu universo cor-de-rosa de Barbies, canetinhas perfumadas, bloquinhos da Pucca e fivelinhas coloridas. É que me esqueci de crescer neste quesito; mesmo quando eu era chique (fui até secretária de um famoso ex-Ministro), não deixava de usar um meigo carimbinho da Hello Kit após a minha rubrica.
Agora sei tudo sobre Pokemóns, Ben 10, DS, Bagukan (sem contar os Evoluídos), conheço uma meia dúzia de nomes de jogadores daqui e de fora e Manchester United faz sentido para mim.
Mesmo assim, consigo dormir nos jogos da Copa e os do Brasil não foram exceção...
Meu filho resmunga: "mamãe, você só dorme" e eu justifico: "é que estou fabricando um bebê" e assunto encerrado!
Dias atrás Marido perguntou se eu não iria escrever sobre a Copa. Eu preferia ter escrito sobre o Dia dos Namorados, mas no meio desta minha sonolência e enjôos de grávida, não saiu nem um nem outro.
Aliás tem gente que ainda não acreditou, mas é verdade!!!! Sim, estamos todos grávidos aqui em casa!!! 
Só que as minhas sonecas nos jogos e total falta de patriotismo futebolístico já vem de longe. Sou famosa por dormir fora de hora, na cara das visitas, dentro do carro. É mais forte do que eu.
Em 98 virei motivo de risos na empresa, quando numa feijoada organizada pelo departamento para os jogos da Copa, dormi a ponto de cair com a cara na mesa, durante um jogo do Brasil.
Felizmente acordo na hora dos gols, contagiada pela alegria do filhão e o grito ensurdecedor das vuvuzelas, que parecem ter aposentado os fogos de artifício.
É, nem tudo é perfeito (e eu nem tinha contado que eu também sou fã da Lady Kate!!).

31 de maio de 2010

Tem um nenê na minha barriga

Oi amigos,
é com muita alegria que uso o meu blog para contar prá vocês uma novidade (não tão nova): vou ser mamãe de novo!!!
Pois é, fui ver o Mickey e voltei com o Pateta (ou a Minie) na barriga, há há há!!!!!
Meus amigos pessoais sabem, afinal nunca escondi de ninguém, que queria muito aumentar a família, mas uma hora era o lúpus, depois os remédios, depois a tireóide, a disfunção hormonal, os cistos, os 38 anos e assim por diante e a cada dia eu via esta hipótese virar sonho guardado na gaveta. E então, fechamos a fábrica.
Mas eu sou brasileira e brasileiro nunca desiste, né? Frase boa em época de copa...
Rezei para todos os santos, arrumei uma nova fé, fiz harmonização com o Feng Shui, reverência aos antepassados, pintei somente um olhinho do Daruma que minha amiga me deu uns anos atrás (aliás preciso urgente pintar o outro), na verdade não pedindo a Deus um filho, mas sim que eu conseguisse equilibrar minha saúde, algumas vezes tão frágil e outras tão perfeita que até pensei ter erro de diagnóstico.  
Fui ver adoção, mas realmente esta opção não se encaixava nos nossos padrões. Queria um nenêzinho, mas já ter um filho biológico me levava para o final da fila e se esperasse 2 ou 3 anos, desistiria de vez...
E fomos vivendo a nossa vidinha cor-de-rosa, da maneira que melhor sabemos: curtindo nossa casa, nosso cachorro, nosso filhão, curtindo nossos poucos mas fiéis amigos, um vinhozinho nos dias frios, tomando café espresso, eu fazendo bolo. Porque nós somos assim, meio caseiros, reservados, amamos a todos, mas muitas vezes preferimos a solidão do nosso canto, pois a gente se basta.
E assim, como já disse nos meus outros posts, vamos levando a vida, comemorando as conquistas e coisas boas, chorando e esquecendo rapidinho as ruins e agradecendo muito aos Céus sermos a família "montinho", sempre juntos, sempre amontoados uns nos outros.
Só sei que viajamos, eu andei em montanha russa (as mais bobinhas, mas não deixam de ter solavancos), comi muita porcaria e voltei com a barriga super inchada.
É claro que botei a culpa nos cistos, afinal coleciono alguns e na pobre da Copa Airlines, xingando o tempero panamenho que até agora me dá enjôos só de pensar.
Num primeiro momento não pensei em se tratar de um bebê, afinal aos 38 a probabilidade de engravidar normalmente é pequena, imagine então com cistos do tamanho de um limão de cada lado! Além do que, estava sem menstruar direito desde dezembro passado, devido ao tratamento para os mesmos, que me deu mais hemorragia do que outra coisa.
Mas é aí que entra o Divino, o destino, Deus, nossa missão ou seja lá o que for que traça um caminho perfeito para nossa existência. Quando tudo ia contra, eis que Marido acerta a mira e pimba!!!!
E é isso, cá estou eu, cheia de sono, vomitando até as tripas pela manhã, com nojo da buchinha Scoth-Brite que vejo sobre a pia, acho que a propaganda eco da Bombril me pegou, com desejos e uma fome sem fim (estou louca por pudim de leite moça), verdadeiro horror a café de máquina que eu tanto amo, e tendo que ficar de perninhas para cima, num repouso meio que forçado após um pequeno contratempo.
Amigos, se vierem me visitar, por favor, tragam algo bem gostoso, que estou na base do purê de batatas, tá?

19 de maio de 2010

Viva o 19 de maio!

Eu sou uma pessoa muito ligada a datas, que são associadas a músicas, lembranças, cheiros e histórias. E assim eu nunca esqueci o dia 19 de maio, o dia que saí pela primeira vez com Marido e que apesar de não ter tido nenhum beijinho, é para mim, oficialmente, o dia que começamos a namorar. E olha que já faz tempo, 16 anos.
Lembro que, na véspera, fui ao aniversário de uma colega de faculdade e estava ansiosa porque no dia seguinte, iria almoçar com meu vizinho.
Pois é, Marido era meu vizinho, mas não pensem que isso foi um caso de amor de infância não, pois quando eu era criança, ele já servia ao Exército. E Marido também era um pouco "freio de mão puxado", me convidou para sair a primeira vez eu tinha 17 anos e a segunda só foi aos 21!!! E é claro que nesta longa espera de 4 anos a fila andou, cheguei até a noivar, mas o destino quis que eu me apaixonasse e me casasse mesmo era com o filho da D. Alzira!
E assim foi nosso segundo encontro, numa cantina italiana perto do Campo de Marte, onde passamos a tarde conversando, tomando vinho e sendo convidados a nos retirar, quando lá pelas 16h00 o garçom informou que precisavam fechar o restaurante.
Neste dia descobri que éramos almas gêmeas, com um milhão de afinidades em gênio e personalidade e outro milhão de diferenças, em opiniões formadas e criação, que tornaram nosso relacionamento uma verdadeira escalada de fé. Graças a Deus eu sou uma pessoa super insistente e determinada, como boa taurina e visionei ali o futuro pai dos meus filhos e cachorros.
E por isso, hoje teremos jantarzinho especial, embora todo dia aqui em casa eu faça um menu de Chef, com direito a bolo (sobremesa é só para final de semana), para dormirmos de barriguinha bem saciada neste friozinho regado a neblina, que tornou o dia chuvoso com cara de inverno mais feliz. Bem diferente daquele de 16 anos atrás, que se bem me lembro, teve até Sol ou será que foi o calor do encontro?

9 de maio de 2010

Celebrate today!!!

Desde o último mês, só tenho tido boas notícias sobre minha saúde e como uma bola de neve, acontecimentos felizes foram trazendo mais acontecimentos felizes e de tão felizes, resolvemos que precisávamos comemorar mais a VIDA! 
E assim, meio que de sopetão, Marido decidiu proporcionar meu niver na Disney. E lá fomos nós gastar nosso inglês e doláres na casa do Mickey, com direito a chapéu com orelhas e crachá "My Birthday" prá não pegar fila,  "Happy birthday to you..." prá mim a cada esquina e tudo o mais que eu achei que tinha direito. E olha que eu sou cheia de direitos mesmo!!
Quem conhece sabe do que estou falando e para aqueles que acham que é um passeio de criança, ficarão surpresos ao encontrar uma dentro de si ao pisarem naquele mundo encantado.
E eu nem estou ganhando nada para fazer esse "jabá", mas aconselho todo mundo ir. É mágico, é gratificante e principalmente, inesquecível! É claro que também é dolorido, ao final de cada dia não sentimos mais os nossos pés, mas este detalhe é totalmente irrelevante...
E cada vez é uma emoção nova, diferente da anterior. Porque lá, a Magia se renova a cada estação, a cada ano. A gente até esquece que viajou de "Animal Class", que é como ir de Fusca para a Bahia.
É tudo lindo, é tudo limpo, organizado, educado, tudo funciona perfeitamente.
E vamos nos lembrar de seguir mais a filosofia do Walt Disney, estampada a cada pedaço do parque e nas palavras dos seus colaboradores: "Celebrate today" e "Have a magic day".
Porque todos nós temos muitos motivos para comemorar e celebrar cada dia, torna nossa vida mais mágica.
Obrigada de coração a todos que me mandaram e-mails de aniversário, que me ligaram e eu não pude responder.
E agora de volta, energia renovada, me aguardem!

  

10 de abril de 2010

Tô feliz!

Como diz a música "I gotta a feeling" - Black Eyed Peas (adoro a Fergie), postada ao lado: "...party everyday, party everyday..."
Agora é festa todo dia! Só tenho a agradecer a Deus e comemorar, sem novos caroços no intestino! A feijoada da Soninha domingo que vem que me aguarde!!!
Um brinde À Vida! Sáude! Le haim!
Beijos a todos que torceram por mim.

8 de abril de 2010

Um chá de delicadeza

Eu adoro escrever de sexta-feira, mas amanhã será um dia daqueles!
Após 4 comprimidos de laxante, cá estou esperando o efeito bombástico, vislumbrando uma noite de rainha: sentada no trono!
É que amanhã farei um procedimento chatinho lá no Canal da Mancha, para verificar se os pólipos que retirei do intestino cerca de 1 ano e meio atrás voltaram ou não.
Mas estou tranquila, desta vez não tenho sintomas e nem tomo mais o coquetel de remédios que quase acabaram comigo. Poucos sabem, nunca fiz um auê disso, mas o meu lúpus está dormindo faz tempo, que por vezes chego a achar que tive um erro de diagnóstico. Hoje minha doença está só no papel, nos resultados dos exames que, com disciplina e paciência repito periodicamente.
Quando fiquei doente e achei que fosse morrer que nem um perú de Natal, de véspera, antes da hora (se é que alguém nesse mundo sabe quando é a nossa hora), ouvi de uma médica, que só faltou me enterrar viva, que era para eu ir me acostumando, que era daí prá pior...Acho que ela faltou na aula onde ensinavam dar notícias ruins aos pacientes!
E naquele momento de choque, ela me disse que doenças autoimunes eram próprias das pessoas estressadas, somadas a sorte de uma predisposição genética.
Chorei dias e dias e noites também, olhando pro meu mundinho tão cor-de-rosa, tão lindo, tão perfeitinho, meu marido, minha casa, meu nenê, meus bibelôs...
E os meus sonhos, o que eu faria com eles? Será que eu teria tempo de vivê-los? E assim foram dias, acho que meses, de medo e lágrimas.
Até que conheci um médico, um bam-bam-bam da Reumatologia, que me cobrou o olho da cara para me dizer que eu não ia morrer disso, mas sim com isso e que ser avó ou quem sabe bisavó dependeria das minhas atitudes dali prá frente, para não deixar que as doenças oportunistas se aproveitassem da minha fragilidade imunológica. Bingo!!
E então nesse dia resolvi, meio como no livro "O Segredo", traçar um projeto para que, a curto e médio prazo, eu pudesse dar uma guinada no meu estilo de vida, a começar profissionalmente.
Quem me conhece sabe, nunca fui triste ou infeliz, mas sempre fui estressada. Pois é meus amigos, esta fofa que vos escreve nem sempre foi essa flor de formosura que eu julgo ser.
E foi assim que larguei um empregão, com tudo que eu tinha direito, para me dedicar a um sonho antigo: estudar sobre o mundo paralelo, espiritual, as energias, o invisível e depois trabalhar com isso, ajudando as pessoas a viverem melhor.
E hoje eu falo de tudo isso na maior tranquilidade, porque realmente o Universo conspirou ao meu favor. Atraímos aquilo que projetamos para nós, sejam coisas boas ou mesmo ruins. Precisamos saber em que onda energética estamos nos ligando (mas isso é assunto pro meu blog de Feng Shui, né?).
Por isso eu quis escrever sobre isso, agora que este assunto já está totalmente resolvido para mim. Nós criamos as nossas doenças, as nossas dores de cabeça. 
Paciência, tolerância, não querer agarrar o mundo com os nossos dois bracinhos são as melhores aspirinas para o nosso dia-a-dia.
É claro que eu ainda tenho os meus dias de fúria, mas daí olho pra esse mundão verde que vejo da minha janela, pros meus queridos aqui de casa, pro Fredinho (tava demorando eu falar dele), vou até a cozinha, preparo um "chá de delicadeza", capim-cidreira funciona muito bem, pego a caneca quentinha, com fumacinha e tudo o mais e vou prá varanda, encontrar com Deus no meu quintal.

19 de março de 2010

Cocô no pé dos outros é refresco (uma pequena variação daquele conhecido ditado)

Quando se mora num lugar como o que eu moro, as mudanças de estação são bem visíveis. Estava aqui sentada lendo meus e-mails e olhando o Sol bater diretamente na tela, coisa que até um mês atrás não acontecia...Os raios de Sol invadem minhas janelas por novos ângulos e de repente aquela planta que não recebia luz nunca está tomando seu solzinho matinal.
E não é só isso: às vésperas do Outono as folhas caem e aqui, rodeada de árvores, muito mais. Elas caem, caem, caem e entopem meus ralos, minha calha e realmente não há nada de poético nisso. Bom para o jardineiro, cujas visitas são esperadas ansiosamente (oba, ele vem hoje!), embora no dia seguinte a grama já esteja coberta novamente.
Então o Fredy, que também tem suas manias, depois de três ou quatro dias já não faz mais o seu cocôzinho na grama, pois ele não suporta colocar suas patinhas nas folhas melecadas de orvalho e então transfere seu pipi room para a calçada em frente aos quartos.
Bem, eu não podia esperar outra coisa dele. Se eu sou cheia de manias e os cachorros são a cara do dono, logo temos que o Fredy é uma Patricia de patas!. Acho que ele também tem mania de limpeza!
E por falar em cocô de cachorro, dias atrás, na mesma semana pisei neles três vezes. O que pisei aqui em casa nem liguei, não riam, mas é porque tenho o meu chinelo de recolher cocô!! Quem conhece minha casa sabe, preciso subir e descer um penhasco a caça dos montes espalhados. E olha que faço isso todos os dias.
Como sabem o cocô do cachorro é proporcional ao seu tamanho (isto não vale para nós humanos, tem dias que me surpreendo com os jacarés que meu filhinho solta no vaso, parece coisa de gente grande!) e é claro que um Boxer produz um montinho no mínimo cinco vezes maior do que um Maltês, que dá para recolher com um guardanapo.
Então é 1 kg certo todos os dias aqui no meu quintal e é comum eu pisar em alguma bomba deste campo minado. É por isso que arrumei um chinelo para esta árdua tarefa, que faço sem reclamar por amor ao Fredy e higiene mesmo, que mosca de cocô sentando na gente é nojento.
Até aí tudo bem, já tenho uma natureza ecológica desenvolvida para isso, mas cocô de cachorro alheio é que nem cocô do filho dos outros, a gente torce o nariz e não dá, né? E o pior é que, as duas vezes na mesma semana, foi na calçada em frente ao colégio do meu filho.
É uma correria todos os dias na hora da saída da escola. Aqui tudo é cronometrado, é por isso que tenho relógios espalhados por vários cantos da casa. Até na lavanderia tenho um relógio de parede.
Tenho hora e minuto certo para descer a rampa de casa, pois cinco minutos na estrada fazem diferença no trânsito que pego no bairro. E não é só chegar na hora, não. Tenho que disputar a tapa (ou buzina) uma vaga para estacionar com as outras mães, se quiser parar perto do portão de saída. Trata-se de uma ruazinha estreita e todas nós pensamos igual: vou chegar 10 minutinhos mais cedo para pegar uma boa vaga.
Após visualizar a tal vaga, geralmente sem muita escolha, ainda tenho que fazer uma baliza digna de exame de auto-escola e enfiar o carro naquele buraco de primeira, porque já tem carro atrás buzinando e os "tios" das peruas escolares rindo...
Daí eu desço apressada, pois tenho que entrar no colégio e buscá-lo dentro da classe, então subo a ladeira sem olhar para o chão e pronto, afundo o pé na lama.
Quem foi que inventou que pisar em cocô de cachorro dá sorte? Pois nas duas vezes me falaram isso e até agora eu não ganhei na loteria. 
Mas esta semana eu encontrei uma dona passeando com seu cãozinho sem saquinho para recolher o serviço e não tive dúvidas, perguntei se ela não tinha vergonha de ficar "encocozando" a calçada alheia. E sabe o que é pior, a calçada nem é tão alheia assim, pois descobri que ela mora poucos metros abaixo, ali, no mesmo quarteirão.
Só me resta torcer para que ela também enfie o pé na jaca e veja como fede!!! 
Viu? Eu preciso mesmo ir na igreja com mais frequência, para purificar meu coração e não desejar cocô no pé do próximo.  
E acho que vou mudar o nome do meu blog para "Idéias e Patricices e Fredices", pois como percebem, eu faço variações sobre o mesmo tema: a vizinha, o jardineiro, a minha família, o cotidiano, o tempo e é claro, o Fredy!

26 de fevereiro de 2010

Eu voltei!!!

Não me perguntem o que aconteceu, mas de repente é como se tivesse ficado paralisada, não saía uma linhazinha sequer, nem o jardineiro, o cachorro ou o vizinho me tiraram do sério a ponto de um breve desabafo.
O que eu tive foi uma overdose de pedreiros, que moraram aqui no meu quintal, numa reforma que não acabava nunca, atrasada pela chuva, ventos, raios e trovões. E junto com uma churrasqueira ganhei um monte de cabelinhos brancos e umas dores novas, provocadas pela tensão.
Então hoje eu acordei com saudade do meu filhinho caçula de poucos meses, abandonado pela mamãe aqui: o meu blog.
Uns amigos escreveram perguntando o que tinha acontecido: "você não escreve no blog, não manda mais e-mail, não sobrecarrega a nossa caixa de entrada com baboseiras sem fim". E eu percebi que mais que um blá blá blá corriqueiro, tinha virado parte da rotina de alguns, que me liam e me escreviam. É isso, tinha virado utilidade pública e não sabia!
Minha faxineira tirou férias e a substituta não veio, nossa energia não combinou ou melhor, nosso santo não bateu. E assim, com a casa de pernas pro ar, resolvi retomar a escrita e deixar para pensar na bagunça depois. Meu Deus, será isso uma evolução da minha mania de limpeza???
Anteontem assisti com meu filho o filme "Marley e Eu". Rimos, choramos e nos idêntificamos com a historinha do "pior cão do mundo". Terminado o filme, fomos ao quintal acariciar o Fredy, já que ele anda tão fedorento que não tem passado da porta da cozinha.
No filme, o protagonista conta em sua coluna num jornal local as peripécias do Marley, sua história de amor e ódio com o cachorro, destruidor de sofás, almofadas e sossego. Então bateu a saudade de escrever sobre um dos meus temas favoritos: o meu cachorro Fredy.
O Fredinho nem de longe se equipara ao Marley, mas sempre tem uma novidade. Sem contar que ele pensa que é o centro do Universo! Até chorar e bater a pata na janela do meu quarto no domingo ele aprendeu, quando levanto mais tarde e ele não recebe o desjejum como de hábito. Ninguém merece levantar-se às 5h30 no final de semana. Também quero descansar no sétimo dia.
Eu olho para ele e vejo uma pessoa, mais exatamente um velhinho ranzinza, apesar dele ter somente 1 ano e meio. Ele resmunga, bufa, baba e ainda faz diversas vezes ao dia o que chamamos de sessão " ninguém me ama".
É um momento dramático, ele podia ser ator, porque ele entra na casinha dele, aquelas tipo iglu, enorme, comprei tamanho São Bernardo prá não ter miséria, deita no chão com as patas pro alto ou pro lado e bate, bate, num barulho fenomenal.
E eu, de onde estou, respondo: "tá bom Fredy, já te ouvi, mamãe te ama". E ele, ao ouvir minha voz faz mais barulho ainda, até a gente se encher e gritar: "quieto!!", porque às vezes ele faz sessões noturnas.
Para quem tem espaço e não tem ainda um bichinho de estimação, sempre indico ter um Boxer. Acredito que seja uma das raças mais carinhosas do mundo. É tão fiel ao seu dono, dedicando um amor puro e verdadeiro, como se quisesse falar. Faz caras e bocas, cheias de baba é claro, desarmando a gente quando ele  encosta aquele monte de bochechas no chão e  deixa os olhinhos caírem de amor... 
Hoje ele vai tomar banho, porque apesar de ser um Boxer, ele frequenta o pet shop como se fosse um Maltês. E adora um passeio de carro. Daqui a pouco o taxi dog vem buscá-lo, porque eu nem cogito botar o meu neném de 30 kg cheirando a pastel frito em óleo vencido no meu carro.
Mas depois, como recompensa, a gente rola no chão e eu encho ele de beijos, porque ele volta macio, perfumado, brilhando, mesmo que isso tudo dure apenas alguns minutos, até ele rolar na grama, se chafurdar no barro e ficar mal cheiroso após morder um sapo ou qualquer outro representante da minha fauna local.



  

  

6 de janeiro de 2010

Considerações de Ano Novo

Ano novo, vida nova! Pelo menos deveria ser assim e sei que é para muitos de nós.
Naquele brinde com champagne renovamos nossos votos de amor, promessas, redução de peso, mais tolerância, menos estresse. Tudo bonito, como se a virada do ano fosse um grande passe de mágica coletivo.
Então vem o dia seguinte e ao ligarmos a televisão, nem tudo são fogos.
Há muito tempo parei de escutar o noticiário pelo rádio, coisa que antes, se ficasse sem, me sentia um E.T. Pegava todo o engarrafamento da manhã e noite me envenenando aos poucos, pois infelizmente o que escutava era uma seleção de desgraças. Para completar, fechava o dia com jornal na TV e ia dormir pesada, contaminada pela desgraça alheia.
Até que um dia dei um basta e mudei de estação.
Mesmo hoje, com outros rumos profissionais, onde nem sempre "estaciono" meu carro no congestionamento, me recuso a tomar estas pílulas diárias que só fazem azedar o dia. Às vezes nem percebemos que acordamos bem e em pouco tempo baixa uma deprê.
O nosso elenco de notícias é digno de filme trash ou de terror: desabamento, deslizamento, alagamento, roubalheira, sem vergonhice nos Três Poderes e por aí vai.
O fato é que é impossível ficar alheia a notícia do momento: a tristeza da virada em Angra.
E a mídia, é claro, nos martela insistentemente a dor e a desgraça do ocorrido e a gente vai mudando de canal procurando alguma outra informação, numa variação sobre o mesmo tema.
Hoje de manhã, no rádio do carro, ouvi um comentário "do mal", na mesma estação que ontem exibia trechos comoventes da entrevista como os donos da pousada atingida, que mais que a perda financeira, perderam algo inestimável e irrecuperável: a filha.
Esta mesma rádio, que ontem afagava, noticiava que a pousada em questão não tinha licença ambiental para funcionar, fato que a prefeitura local iria averiguar para tomar as providências.
Na sequência, foram atrás da entidade reguladora da questão e concluíram a matéria com a informação de que esta licença em nada impediria a fúria da natureza que ali se apresentou, porém dando então um outro tom à notícia, como se quisessem agora transformá-los em réus...
Cheguei a conclusão que é mesmo da natureza humana querer achar um culpado para tudo e inicia-se uma nova etapa: vamos malhar o Judas!
Acho que para 2010 quero copiar um pouco o estilo da minha secretária aqui de casa: das notícias quero saber apenas as manchetes e preencher o pensamento com músicas tolas, que não te fazem pensar, mas que inevitavelmente te fazem mexer as cadeiras. Acho que vou comprar o CD do Calcinha Preta, parar de assinar a Veja e ler mais Contigo!