23 de dezembro de 2009

Então é Natal...


Escutei o final do ano batendo na porta!!! E isso me deu um medinho!!!

Começou quando montamos a nossa árvore de Natal. Tenho por costume montar 1 mês antes, no dia 25 de novembro.
É sempre um momento de festa, meu filho fica ansioso com os preparativos que antecedem todo o ritual, como tirar do depósito as caixas de enfeites, bolas, laços e pisca-pisca, limpar tudo e colocar ao sol para remover a inhaca de quase um ano guardado. Depois esperamos papai chegar, jantamos e ficamos até tarde arrumando tudo!
Foi aí que parei para contabilizar: mais um Natal e Ano Novo se aproximando...
Quando olho para meu filho crescendo, esqueço que na verdade eu também estou envelhecendo, que já não caibo na mesma calça do Natal passado, que tenho tingido o cabelo com mais freqüência por causa dos fios brancos e que apesar de ser amiga dos cremes, um pezinho de galinha insiste em se instalar no canto do meu olho...
E nem contei que viramos tios-avós duas vezes em novembro. Os dois sobrinhos do meu marido viraram papais quase no mesmo dia. É a vida e a família se renovando e a gente envelhecendo.
E é por isso que eu gosto de fazer aquela tradicional listinha dos desejos para o Ano, que mede o quanto me empenhei em ser mais feliz do que no ano que passou.
Porque na minha lista não coloco só coisas materiais, como um carro novo, não. Na minha lista peço felicidade para todos os meses do ano, que todo dia seja dia de brindar, com água ou champagne, não importa, desde que eu possa colocar na mesa meus pratos e copos bonitos e tenha uma comidinha gostosa para partilhar com os meus.
E que no outro dia eu tenha saúde para me levantar cedinho como faço, geralmente às 5h30 e agradecer a Deus por estar viva e bem. E então tudo o mais é conseqüência.
Então quando percebi o final do ano deu as caras, pequei minha listinha para ver se não esqueci de ser feliz nenhum dia...Se tratei mal alguém ainda terei tempo de pedir perdão, se não cumpri uma promessa, ainda poderei me esforçar em fazê-la, se não fiz algo útil ao meu semelhante, ainda dá tempo de me doar. E aí sim, na noite de Natal quando formos ceiar, comerei meu perú com a consciência tranqüila de que amei, fui feliz, ajudei, doei, me empenhei e realmente tive um ano muito bom!
Um grande e feliz Natal a todos! Que o verdadeiro espírito desta noite encha de amor os corações de todos nós.

PS – no meu blog de Feng Shui, tem umas dicas legais para preparar a casa com boas energias para o Ano Novo.



13 de novembro de 2009

Sobre mim e poesia

Conheci poesia na escola, embora minha casa fosse recheada de livros, cultura saindo pelo ladrão...Mamãe pedagoga, papai psicanalista, uma loucura! Eu nasci normal, embora mamãe tenha dito que foi fórceps...E o Freud morava lá em casa...
Cresci enfiada nos livros e olha que eu nem era feia, muito estudo, muita informação. E eu achava bonito colecionar papel de carta perfumado e fazer livro de poesias, minhas e dos outros. Sempre gostei das poetisas, acho que as mulheres conseguem confeitar mais as palavras, pôr doce no amargo.
Acho que é por isso que gosto da Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida na Cidade de Goiás em 20 de agosto de 1889 e falecida em Goiânia em 10 de abril de 1985. Cora foi quituteira, mãe, escritora e poetisa.
Leio este poema e penso em mim, que faz um bolo quando está feliz, que faz um bolo quando está triste, que joga suas dores na panela e mexe, mexe, e faz um caldo gostoso, que gosta de transformar o ruim, o mais ou menos em assados e que quando fica pronto já virou a página, servindo tudo com café prá ficar mais poético.
Por isso, pego emprestado um poema da Cora e apresento a vocês:

Todas as vidas (Cora Coralina)
(extraído do livro Poemas dos becos de Goiás e estórias mais - Global Editora - 1983 - S.Paulo, Brasil)

Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

7 de novembro de 2009

Você faz xixi no banho?

Numa época em que o bonito é ser politicamente correto, ambientalista, natureba e ter cara de pepino, colocar-se contra alguma atitude desta natureza causa um impacto muito maior que o ambiental: "o quê, você NÃO faz xixi no banho??????????????????????" (cara de espanto ou de pepino se preferir).
Pois é, gente, confesso que, apesar de toda a minha consciência ecológica, ando com vontade de esganar o criador do slogan "você faz xixi no banho?"...
Não, porque é muito bonitinho na televisão, naquela propaganda onde baixinhos e grandinhos fazem um xixizinho no box, mas convenhamos, e o xibó que fica impregnado no banheiro, após este ato tão fofo e amigo da natureza, hein? Ou seu xixi cheira a rosas?
Experimente fazer um xixizão concentrado no banho, daqueles de um dia inteiro, que não desce todo ralo abaixo não (esqueceu que tem aquela aguinha parada no fundo do ralo?), fechar a porta do banheiro e num dia de calorzão como hoje, voltar lá 1 hora depois...É cheiro de wc de rodoviária minha gente, concentrado, pode até ter evaporado, mas o odor não, disputando espaço com os sabonetinhos cheirosos e sais de banho que tenho por lá. Deus do céu!
Meu filho, que está sendo ecologicamente educado, tá todo engajado, repetindo que 1 descarga a menos por dia gera economia de 12 litros de água. Ainda mais para nós aqui onde moramos, onde a água é preciosidade e usamos fossa séptica!
Tô achando mais fácil marcarmos horário para um xixi coletivo em família e depois mandar tudo por água abaixo numa única apertada de descarga.
Porque se continuar assim, teremos uma economia de água e um gasto excessivo de desinfetante cheiroso para perfumar o box, que se bobear vai agredir muito mais a natureza, pois nem sempre compramos produtos biodegradáveis, outro deslize meu.
É melhor então ensinar meu filho a fazer xixi na grama, lá no banheiro do Fredy...
Eu sei que ainda tenho muito que evoluir neste quesito e outros tantos que acho que nem umas 5 encarnações vão resolver meu caso, mas cada um com sua consciência.

Para os meus amigos leitores mais evoluídos do que eu, mais informações no http://www.xixinobanho.org.br/

PS - quando acabei de escrever este texto, recebi um e-mail de um amigo com uma triste realidade: coalas morrendo de sede na Austrália devido ao calor excessivo, mais uma consequência do aquecimento global. Fiquei mal...A natureza pede socorro!

Por isso vou lançar agora uma campanha: "vamos fazer mais xixi no escritório"...ha ha ha...


4 de novembro de 2009

A que ponto chegamos!

Tem certas coisas que vão nos irritando e um belo dia tomam proporções gigantescas, que só esganando alguém prá se sentir um pinguinho aliviado...
Sabe as centrais de telemarketing, aquelas que te ligam desmedidamente, insistentemente, até você, do outro lado da linha mandar a infeliz da atendente para aquele lugar?
Pois estou passando por um caso assim, e o pior, tenho que provar que sou a vítima!!!!!!!!!!!
Desde abril recebo todos os dias às 08h05 da manhã uma ligação da Aymoré, procurando um tal Sr. Júlio César, que no mínimo deu um calote nesta empresa. E a meio ano tento explicar que esta criatura não mora aqui, nunca morou (o endereço também confere) e peço que retirem o meu telefone da lista deles. Em vão!
E assim, dia após dia, atendente após atendente, rezo a mesma missa e escuto a mesma coisa:
- " não desistimos porque um dia ele atende..."
- " senhora, não posso fazer nada, é o sistema que faz a ligação..."
- " senhora, a senhora não me xingue, que eu estou fazendo o meu trabalho..." - o de me atormentar, é claro, sem direito a reclamação!
- " senhora, não sei informar como tirar o seu telefone do cadastro, só o Sr. Júlio César poderá fazer isso..." - isso se ele pagar a conta!
E o absurdo dos absurdos foi eu ter instalado um identificador de chamadas, só para não atender o número deles, com uma despesa a mais na minha conta de telefone.
Pra quem reclamar???? Já usei os canais de comunicação, falei na Ouvidoria, mas de que resolve, até agora ninguém me ouviu!
A que ponto chegamos! Ter que provar que o caloteiro não mora na minha casa, não é dele esta linha telefônica, ter que implorar para que parem de me perturbar!!!!!
Reclamar prá quem? Reclamar prá quê? Problemas do mundo moderno? Foi como o caso da lava-louça, que eu "agredi" e não que veio com um probleminha de fábrica...
E o meu processo contra uma loja que não me socorreu, após uma cadeira despencar do alto de uma prateleira na minha cabeça, rachar meu côco, sangue pra todo lado...sabe o que o Gerente fez? Nada!
Ao invés de chamar uma ambulância, ele foi ao banheiro buscar papel toalha para cobrir o sangue que escorria no chão, para não assustar os outros clientes!! Levei 5 pontos e fiquei parecendo um padre franciscano, pois rasparam o topinho da minha cabeça no melhor estilo tigelinha para poderem costurar. 
E assim, dia após dia vamos perdendo a fé nas instituições, pois é mais fácil eles empurrarem guela abaixo que eles estão trabalhando e a gente tá tentando impedir, do que a sociedade ser revista, ensinar boa conduta desde a escolinha maternal, assim quem sabe, haveriam menos caloteiros, pessoas usando endereço e números de telefones falsos, menos empresas se achando no direito de ferir o direito do próximo de não querer ser incomodado, gente mais honesta, sociedade mais justa.
Pronto, falei!
E mudando de pato prá marreco, ou melhor prá porco-espinho, recebi um e-mail de uma amigona com fotos fofas de bebês desta espécie...Vejam que graçinha, dá até vontade de apertar, opss!


O que se atracou com o atacou o Fredy já era adulto, muito maior e bem feinho.
Ele já está ótimo, tanto que hoje roeu o bambu que cerca a minha roseira. Bem, isso é sinal que tudo já voltou ao normal...




(foto: internet)

30 de outubro de 2009

Fredy versus porco-espinho

Meus dias tem sido bem agitados ultimamente, e as noites também!! Por isso não estranhem que estou a essa hora escrevendo (00:55) ao invés de estar no 10o. sono, mas é a maneira que encontrei de passar o tempo enquanto espero o Fredy voltar do pronto-socorro veterinário.
Acho que também estou com sentimento de culpa, porque mais cedo briguei com ele, o chamei de "feio,feio, menino feio", disse "mamãe tá muito brava" e nem o deixei chegar perto de mim depois da sessão de chilique que tive. O motivo: destruiu, de novo, uma linda Dracena que o jardineiro me deu de presente na semana passada (ele agora quer me reconquistar depois dos últimos fatos) e que plantei na subida da rampa.
É que o Fredy, um boxer totalmente humanizado, se vinga das minhas plantas quando percebe que dou um pouco mais de atenção ao jardim do que a ele. Ele também é taurino, e vocês sabem, né, quer ser o centro das atenções (ou do Universo??).
E foi graças ao meu ritual de cremes e pinça de sombrancelha antes de deitar, que escutei uns gemidinhos doídos debaixo do vitrô do meu banheiro. Se já tivesse dormindo, talvez não escutasse o pedido de socorro do meu nenê de rabo.  
E triste cena quando cheguei ao quintal, o Fredynho todo amarelo dos espinhos, fedendo a estivador sem desodorante, aliás este é o cheiro que ficou por lá, sangrando gengiva afora e com um olhar tão desesperado que quase morri do coração!
Pegamos o alicate e tentamos tirar os piores, perto dos olhos e focinho, mas quando abrimos a boca, outro susto. E lá foi o maridão, sozinho, Serra abaixo, a procura de um hospital canino e eu peguei o cabo do rodo mais um guarda-chuva imenso que tem cabo de madeira, para me defender, caso o invasor resolvesse me atacar também e fui dar uma geral no quintal, para me certificar de que o inimigo se foi...
Ele acabou de me ligar!
Anestesiaram o Fredy e tiraram espinhos do céu da boca, garganta e focinho, tadinho...E tadinho de nós também, a conta mais pareceu um final de semana num Spa, mas ele merece, afinal ficou assim para nos defender, pois essa é a maior característica dele: não deixa uma mosquinha sequer chegar perto de nós e da nossa casa.
É que morar no meio do mato tem suas vantagens maravilhosas, mas temos também que aprender a conviver com uma fauna totalmente inusitada: aranhas, minhocas, sapos, escorpiões, lacraias, moscas, mosquitos, gambás, raposinhas, macacos, pássaros diversos e agora porco-espinho, última novidade no meu quintal.  
E quando ele chegar daqui a pouco, vou enchê-lo de carinhos, beijos e finalmente dormir, certa de uma coisa, não troco esta vida por nada!
PS - isso vale pro marido também, que sem ele, eu não seria tão feliz.



Este boxer da foto não é o Fredy, mas é igualzinho. Outro pobre coitado que também passou por maus bocados. Achei a foto agora na internet, na ânsia de saber o perigo que ele passou.

28 de outubro de 2009

Eu e minha língua, parte II: por que é que sou assim??!??!!?

Ai, eu não me aguento! Me segurei hoje o dia inteiro para não escrever bobagens, conversar com o marido, contar primeiro o que fiz, ver a cara dele de espanto (ele ainda se espanta comigo) e é claro, ouvir algum conselho de alguém que, sem dúvida, pensa muito mais do que eu antes de falar e agir.
Seguia feliz e calmamente para o laboratório hoje de manhã, (calmamente é um pouco de exagero, pois estava mesmo é p. de não fazer o exame onde sempre fazia, o laboratório se descredenciou do meu convênio, mas isso é outra história), para o meu check-up rotineiro, quando "estacionada" no trânsito da avenida de acesso ao local, vi na calçada ao meu lado 4 moçoilas daquele gênero religioso que acham que sempre tem razão.
Até aí tudo bem, quero deixar claro que sou multireligiosa, apelo pro santo que me ajudar primeiro, aliás, futebol, religião e sexo são 3 coisas que não discuto: cada um sofre/torce por quem quer, acredita no que lhe convier e se deita com quem quiser... 
Estacionei o carro, fiz a ficha e fiquei sentadinha no meu canto, olhando a senha, o painel, quando de repente olho pro café e quem eu vejo? Aquele quarteto que sei lá porque me chamou a atenção.
E minha percepção não estava enganada!
Cena 1: elas estavam colocando na bolsa aqueles singelos pacotinhos de bolacha que recebemos ao final do exame, para ajudar a engrossar o café.
Cena 2: uma delas, a líder, num movimento impetuoso sequestrou o jornal e puft, jogou sacola adentro, para fazer companhia as bolachas.
Cena 3: eu dei um pulo da cadeira e fui atrás!!! Sei lá porque, mas fico indignada com certas coisas e cara-de-pau é uma delas.
Passei na recepção e perguntei ao guarda: aquelas moças trabalham aqui?
O que??? Não??? Pega, pega, elas roubaram o jornal!!!!!
E elas correram prá fora e eu corri foi é prá dentro.
O rapaz ainda tentou sair atrás, mas a fila na entrada o impediu de maiores atitudes.
E eu arrumei minhas madeixas loiras, mais lisas e platinadas do que nunca (ontem estive na Odete fazendo "luzes" e "milkshake platinado") e voltei ao saguão, corada, estupefada, indignada e sendo olhada como um ET, só porque achei o fim aquelas lá agirem daquele modo e não consegui me calar diante de uma falta de modos, educação ou seja lá o que for. Porque quem rouba um jornal, amanhã pode também te aplicar um golpe, roubar sua bolsa, sua casa, seu marido...como se calar, se manter alheia?  
Entre os conselhos do meu marido, o de sempre: "cuidado, uma hora você leva um cascudo de alguém".
E quanto as moçoilas, penso que quem muito ora é porque tem mesmo muito pecado a ser perdoado. Tomara que toda essa oração sirva para que elas percebam o feio que fizeram, vestidas de santas e com alma de pecadoras!!

16 de outubro de 2009

"A língua é o chicote do rabo"

Vai dando sexta-feira e eu vou ficando ansiosa para escrever umas bobagenzinhas para vocês!!

Para minha surpresa, tenho muitos leitores, por vezes até recebo e-mails comentando o que postei. Isso para mim é uma alegria, pois eu não esperava que alguém se interessasse semanalmente por aquilo que passa na minha cabeça (e não é piolho - há há há)!!!

A vida para mim se tornou algo muito simples de uns tempos para cá...Para mim, o eixo central se tornou a minha família e quando digo família quero dizer meu marido e meu filho, pois quando a gente se casa, continuamos amando a todos, mas aquela antiga família vira "os familiares" e uma nova célula, um novo núcleo é formado.

Quando passei a pensar assim, o dia clareou, a tensão diminuiu, o sono melhorou. Como boa filha, sobrinha, neta, irmã e Taurina, era básico querer cuidar de tudo e manter o bem-estar de todos. Nem as sessões de fisioterapia desentortavam a minha coluna, que arqueava com o peso que eu jogava sobre as minhas costas.


Quando fiquei doente e achei que fosse morrer que nem um peru (na véspera, antes da hora), descobri que precisava tirar sacos e mais sacos de cimento de cima de mim, é claro que precisei de uma britadeira, pois muita coisa já estava consolidada, mas depois desta reforma, nunca mais tomei um Dorflex.

Hoje pouca coisa me tira o sono, pois o que antes era muito importante, hoje é nem tanto, só não consegui perder ainda a mania de limpeza, mas também nem sei se quero, gosto de ser assim, sou mais feliz quando tudo cheira a Veja Floral.

Sempre gostei de observar as pessoas. Aliás, me prendo facilmente a um papo.

Acho mesmo que a minha numeróloga (tenho uma, se alguém quiser fazer o mapa, eu indico, é fantástico) tem razão. Este ano entrei no ano pessoal 1 e coincidentemente ou não, criei meus dois blogs, fui convidada a fazer uma palestra sobre Feng Shui, comecei a estudar piano e segundo ela, vou ficar famosa.

Acho que é porque gosto de ouvir as histórias dos outros, assim como gosto de escrever sobre as minhas. Entre um ahan e outro, que sempre faço quando alguém me conta um "causo", sinto um interesse sincero em saber porque aquela pessoa é assim.
Aliás, hoje na porta da escola aprofundei um pouco mais o relacionamento que tenho com um senhor que busca a neta todos os dias. Nossos papos não duram mais que 3 minutos, é o tempo do portão abrir e nem sempre chegamos juntos. Mas já tracei o livro da vida dele.

Ele contou coisas boas, coisas tristes, suas conclusões. Hoje ele cuida da esposa que tem Alzheimer e encara a vida de uma maneira tão simples que chega a irritar.

Ele é Budista e este foi o ponto de intersecção entre nós. Ele também acredita como eu que "todo Que tem um Porque".

E é este outro olhar que me inspira, a visão do outro sobre a vida, é a minha língua que não pára, meus dedos que digitam meus pensamentos e a vontade que tenho de falar e falar.

De manhã estava lendo e vi uma frase interessante: "a língua é o chicote do rabo". E percebi que assim sou eu, açoitada pelas minhas palavras, por essa linha direta entre meu cérebro e minha língua, sem filtro, que encontrou na escrita uma maneira de dominar os pensamentos e traduzi-los em textos, que felizmente encontra pessoas como vocês para ler.

E como fazem os adeptos da Seicho-No-Ie, que frequentei muitos anos com minha mãe, só tenho a agradecer: muito obrigada, muito obrigada, muito obrigada.

9 de outubro de 2009

Sexta-feira com friozinho e bolo de maçã

Sexta-feira, friozinho...Da minha janela vejo a neblina invadindo os morros da Serra, cobrindo as copas das árvores, molhando o meu chão.
Daí deu vontade de fazer bolo e tomar café. Aliás, a minha idéia feliz de café da tarde é cópia de um clip infantil do Cocoricó, aquele da TV Cultura. Quem tem criança em casa com certeza já viu e prá quem não viu, vale a pena ver.
Mostra uma tarde de frio e chuva na casa da vovó no sítio e tem uma musiquinha mais ou menos assim:
"chove, mas como chove, chuva, chuvisco, chuvarada, por que é que chove tanto assim...
...
e a vovó me chama, menino vem cá, vem tomar chá, vem comer bolo de cenoura, com cobertura de chocolate quente...
...é bom, muito bom, muito mais do que bom, é excelente...
...
óh que tarde tão bela, banana quente no forno com açúcar e canela..."
E assim vai, não me lembro direito da música, faz tempo que não vejo o DVD, pois meu filho já passou um pouco dessa fase (eu não!!).
E este cenário de frio, chuvinha, bolo e café (não gosto muito de chá), se tornou a minha visão de felicidade nas tardes geladas aqui em casa.
Eu não tinha cenoura, então fiz um bolo de maça com canela, receita do Edu Guedes, que peguei tempos atrás pela TV e comi ainda quentinho, agora a pouco, com café.
Como o que é do homem o bicho não come, meu jardineiro voltou a ser fiel e eu o perdoei, com um enorme pedaço de bolo. E assim, nada como um dia após o outro, também vou perdoar a vizinha, porque não consigo ficar brava muito tempo e quem guarda mágoa, fica doente.
Só a Brastemp que ainda tá me dando canseira, mas depois do feriado eu penso nisso.
E prá quem ficou com vontade, segue a receita do bolo, fácil de fazer e como disse a minha "secretária" aqui de casa: perfeito!
BOLO DE MAÇÃ COM CANELA
BATER NO LIQUIDIFICADOR
3 ovos / 2 xícaras de açúcar / 1 xícara de óleo
2 xícaras de maçãs picadas com casca (tem que ser daquelas bem vermelhinhas/doces)
Colocar a mistura num tigela, sobre 2 xícaras de farinha de trigo, 1 colher de sopa de fermento e 2 colheres de sopa de canela em pó.
Bater bem e colocar para assar numa forma de furo no meio, por +/- 45 minutos.
Importante: assim que colocar a massa na forma, polvilhe com canela em pó, para formar uma casquinha crocante depois de assado.
Assista o clip no YOUTUBE:
Bom apetite, bom final de semana e bom feriado!

2 de outubro de 2009

Cansei de ser boazinha, agora eu quero é ser chata!

Hoje foi um dia daqueles e olha que meus dias são calminhos, por vezes cor-de-rosa e lilás (estou como as mães de bebês meninas atualmente, preferindo o lilás ao rosa).
Aliás minha indignação começou na 3a feira, quando liguei no 0800 do fabricante da minha nova lavadora de louça e fui tratada com desdém e pouco caso.
Fiquei quase 13 anos com uma Enxuta, que ganhei de um ex-chefe querido quando me casei. Não era lá grande coisa e mesmo assim, só foi depois de uns 5 anos de uso diário que ela começou a querer se aposentar e ainda seguiu firme e forte por mais 7 anos, sobrevivendo com os remendos que o meu técnico fazia desde que a coitada saiu de linha e não havia mais peças para repor...
E então, operada várias vezes, ela veio a pifar de vez em julho, sem nenhum risco ou ferrugem.
Logo veio uma nova, linda, inox, top de linha. Pensei: se for que nem a outra, só terei que trocar nas Bodas de Prata.
Ledo engano! E após 2 meses percebi que as pontas dos divisores de pratos e copos dos cestos foram ficando amarelas, laranjas e por fim, se soltaram, mostrando todo o ferrugem.
Munida da nota fiscal, manual e paciência, contei à atendente o meu problema, certa de que por estar no início da garantia, imediatamente enviariam um técnico com os cestos para a troca.
Mas não, passei por um interrogatório quase que policial, explicando detalhadamente como eu procedia com ela, para ouvir no final, que eu era a única que tinha reclamado disso até agora neste lote de máquinas e que talvez o problema fosse que eu estava "agredindo" a máquina com mau uso!!
E cá estou eu, esperando o parecer do fabricante que, não autorizou a Autorizada vir aqui em casa já com as peças, mas mandou um técnico de outra cidade, porque o posto que atende a Serra fica a no mínimo uns 30 km daqui, ver se eu usava o sabão indicado por eles (SIM), se a instalação estava correta (SIM), até do paninho que coloco em cima dela para não grudar gordura e poeira ele falou...revirou, mexeu e mandou eu esperar que o relatório dele chegue na fábrica e a mesma diga: a cliente está com a razão ou não, pois estou perdendo a fé nestas instituições.
Daí, passei a manhã esperando o jardineiro chegar e para minha surpresa, ele foi abdusido por uma vizinha, daquelas que ficam te rondando, perguntando se a sua faxineira é boa, se o jardineiro é fiel e depois "crau" ou "creu", marcam um servicinho com eles bem no dia da sua casa, porque afinal, a "D. Patricia é boazinha" e não vai nem ligar...
Não!!! Não quero mais ser boazinha, quero agora que falem a "D. Patricia é uma chata" ou chatona se ficar melhor, assim parece que fica mais fácil exigir nossos direitos, impor respeito ao próximo, viver melhor nessa nossa sociedade por vezes tão esquisita.
E para passar a raiva, acho que vou rastelar a grama, recolher o cocô do Fredy e olhar este mundão verde que vejo da minha janela...Verde acalma????

2 de setembro de 2009

Minhas campanhas

Hoje estou inaugurando um cantinho especial no "Idéias e Patricices". É um espaço reservado a links de entidades que conheci e pretendo ajudar, começando por divulgá-las no meu blog.
Ando um pouco sensível, acho que é a bendita da TPM, mas ontem fiquei muito emocionada parada no farol, quando fui pegar meu filho no colégio.
Hora do almoço, um calor dos infernos, nós ali tranquilinhos, na comodidade do nosso ar condicionado, quando parou ao meu lado uma Kombi. Apesar de ter o selo da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) estampado na porta, num primeiro momento não percebi que se tratava de um transporte especial. O que me chamou mesmo a atenção, foi ver um menino da idade do meu filho, preso numa cadeira de rodas, dentro do carro.
Este menino, paciente da instituição, me emocionou a ponto de lágrimas surgirem em meus olhos.
Ele estava ali, quietinho, com os olhos fixos no teto devido a sua deficiência, totalmente alheio ao que se passava ao redor. Ainda haviam mais duas crianças no carro...
Agradeci mais uma vez a Deus pelo filho perfeito que tenho (nunca me canso de agradecer), sapeca, brincalhão, que às vezes me tira do sério, que felizmente tem uma infância plena, vai ao colégio, enfim tem sua própria vidinha, cheia de sonhos e imaginação.
É tudo o que uma mãe quer: ver seu filho feliz.
Não estou entrando no mérito da felicidade destas famílias, mas com certeza são pais muito mais fortes do que eu, que me julgo fraca diante de uma situação destas.
Mas voltando à Kombi, baixei o vidro, é claro que eu não podia deixar de puxar conversa (uma característica minha é puxar papo com todo mundo) e logo descobri que estas crianças voltavam de suas sessões de tratamento, dependiam muito da boa vontade alheia e que a entidade precisava de nossa ajuda (tudo isso em 1 minuto de farol!).
Cheguei em casa, procurei AACD na internet e descobri coisas legais (veja o link no campo lateral da página).
Não quero induzir ninguém a ajudar esta ou aquela outra entidade, mas apenas pedir a vocês que parem um minutinho e pensem em tudo de bom que tem. Com certeza irão ver que precisarão de horas, que só 1 minuto não basta e que uma maneira de agradecer tudo de bom que nós temos é ajudando o próximo, aquele que de alguma maneira tocar nosso coração.
E daí vocês escolhem a quem destinar essa ajuda, aumentando a população de gente boa deste planeta.
Pensem nisto!

28 de agosto de 2009

Deliciosa torta para o final de semana

O final de semana está chegando, o friozinho dando uma trégua, nada melhor do que aproveitar o Sol e desembolorar! Por isso, nada de perder tempo na cozinha.
Peço desculpas, não esqueci dos meus amigos leitores fiéis, mas tive uns dias de loucura. É uma arte conciliar agenda do filho, agenda escolar, minhas consultorias, aulas de piano, casa, supermercado, sobe Serra, desce Serra, o Fredy fazendo arte, blogs, chuvinha, enfim, meu dia precisava de mais umas 6 horas pelo menos.
Também estou tentando resolver os probleminhas com minha Playlist, que em breve voltará para a página. Por enquanto, é texto sem musiquinha, fazer o quê, né?
Ontem mesmo saí correndo com o Fredy para o Dr. Márcio, meu querido Veterinário, com um rasgo de uns 3 cm na coxa, profundo, quase no músculo. Fui em ritmo de ambulância, com o cachorro preso ao cinto de segurança choramingando no banco da frente e o filho choramingando no banco de trás, sem contar no sangue derramado.
O que ele aprontou? Não sei! Revirei o quintal em busca de provas do crime, mas não encontrei nada diferente do básico de sempre: vasinhos plásticos destruídos, plantas arrancadas, galhos destroçados, correspondência picada...
E agora, por 1 semana terei mais uma atividade: higienizar o ferimento 3x/dia.
Faz parte, né? Quem ama bichos me entende!
Então vou passar uma receitinha super prática, para ninguém perder o final de semana na cozinha, mas cheia de glamour. Esta torta é um arraso!
Sabe aquela receita básica de torta de liquidificador? Pois então, o toque está neste recheio divino que eu mesma criei e batizei de "torta cremosa de palmito com queijo".
O tempo total de preparo não ultrapassa 20 minutos e depois é só assar. Anotem:
Torta de Liquidificador: (bater a massa toda no liquidificador)
  • 3 ovos inteiros
  • 1 xícara de chá de óleo
  • 1 e 1/2 xícara de chá de leite
  • 1/2 pacote de queijo ralado
  • 2 xícaras de chá de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de fermento
  • 1 colher de café de sal
Bater bem até formar um creme homogêneo.
Recheio:
Numa panela, fritar 3 cebolas raladas em 3 colheres de sopa de manteiga. Eu uso a manteiga culinária, mas serve a normal também.
Acrescentar palmito picadinho, 1 vidro grande e deixar fritar mais um pouco.
Desligar o fogo e colocar sobre a mistura 3 pacotes de queijo parmesão ralado e 2 cremes de leite. Se for o de caixinha longa vida, não precisa tirar o soro, mas se for de lata, sim.
Misturar bem, sem aquecer, até formar uma pasta "grudenta".
Untar com margarina e farinha uma assadeira redonda (sem furo no meio) de +- 30 cm de diâmetro e despejar 1/2 da massa. Em seguida, colocar todo o recheio e cobrir com o restante.
Assar em fogo médio/baixo (180 graus) por aproximadamente 45 minutos ou até ficar dourada.
Acreditem, esta torta é maravilhosa e o principal, não precisa de grandes acompanhamentos. Uma salada de alface é mais do que suficiente.
Bom apetite!!

17 de agosto de 2009

Servir bem para servir sempre

Trago um certo saudosismo comigo. Não é bem saudade de alguma coisa que eu não sei o que é e sim boas recordações de épocas ou fatos que marcaram minha vida.
Outro dia entrei numa padaria para comprar pão francês, fato raro, pois aqui na Serra só comemos pão de forma e estranhei ler no pacote: "SERVIR BEM PARA SERVIR SEMPRE".
Achei uma graça, fazia tempo que não via esta frase estampada num saquinho de pão. Acho até que muitas padarias nem usam mais, mas era uma tradição entre os meus patrícios quando eu era pequena.
Os tempos são outros, há contenção de despesas, hoje as padarias tem Gerentes e dificilmente vemos um Manoel ou Joaquim atrás do balcão, preocupados em servir bem.
Hoje padaria fina é Empório ou Casa de Pão e nem se chama mais "Flor do Bairro". Porque eu conheci várias com este nome. Um bairro que se prezasse tinha seu nome estampado na Flor da padaria.
Quando eu era pequena, padaria também vendia pizza. Não havia um "disque pizza - delivery", com uma portinha em cada esquina. Muito menos motoboy!
Minha avó paterna, como boa italiana, fazia a massa em casa, que eu ajudava a cobrir com molho de tomate natural e mussarela. Nem sonhávamos com todas estas centenas de recheios que temos agora. E se ela não fazia a massa, íamos a pé até a padaria para comprar uma. Simples, como a pizza que comprávamos.
Era comum eu aproveitar a viagem e pedir um GLUT. Ah, que saudade do GLUT! Vinha numa caixinha triangular, nos sabores morango, chocolate e caramelo.
Então padaria para mim era sinônimo de GLUT e pizza, o pão mesmo não fazia diferença.
E daí o Glut sumiu das prateleiras, não sei o que aconteceu. Ficamos orfãos, pois assim como eu, havia uma legião de crianças loucas por este leitinho gostoso.
Foi assim, de repente, sem despedida ou preparo emocional, que ele saiu da minha vida, para sempre.
Mamãe então para me consolar inventou o leitinho com groselha, diria que um primo distante do GLUT, mas tão bom quanto, que nunca pode faltar na minha geladeira. E tem que ser da vitaminada, (lembram da musiquinha? Groselha vi-ta-mi-na-da Milani...), pois os outros xaropes de groselha tem é gosto de remédio.

9 de agosto de 2009

SONHOS

Já dizia alguém, que quem não sonha está enterrado vivo.

Eu tinha 3 sonhos nesta vida, sem falar é claro daqueles basiquinhos que quase todo mundo tem: viver um grande amor, casar, ter filhos e cachorrinhos.
O primeiro deles era conhecer a Disney! E como adoro aquele lugar, todo mundo pelo menos uma vez na vida deveria ir até lá.

O segundo era ser backing vocal, aquela mocinha que fica no fundo do palco fazendo "uuhhh lá lá lá..." dançando e fazendo caras e bocas. Pois é, eu não queria ser cantora, queria mesmo era ser tipo a Thelma Houston ou Donna Summer e ficar fazendo coro para deixar a canção mais bonitinha, no melhor estilo anos 70. Mas Deus me deu uma voz fininha, quase taquara rajada, então desisti.

Eu era tão fissurada nesta idéia, que mesmo tendo nascido em 72 e nunca ter pisado numa danceteria antes dos meus 14 anos, que foi em 86, era fã do The Trammps (do Disco Inferno), Bee Gees, John Travolta, KC and Sunshine Band e todos mais que fizeram aquela geração chacoalhar o esqueleto com muitos passinhos ensaiados semanas a fio.

Aliás, eu mesma era uma que ouvia a rádio Cidade, gravava fitas com as "mais mais" e ficava ensaindo na frente do espelho com as amigas, a tarde, após voltar do colégio.

Época boa, íamos nas domingueiras do Acre Clube e no California Dreams que sempre encerrava a sessão com o "Garota eu vou prá Califórnia..."

É por isso que toda a trilha sonora deste meu blog é Disco com uma misturada de Bon Jovi e outras coisinhas mais. É que na minha vida tudo é assim, tem trilha musical. Tenho uma memória de elefante e quer ver eu lembrar de um fato, bobagem ou não, é descobrir a música que tocava naquele momento.

Dou uma atenção especial mesmo a era Disco. Ai como eu A-D-O-R-O. Sempre brinco que se fosse homem, queria ser uma Drag, daquelas super montadas, que nem a "Priscila, Rainha do Deserto". E o ABBA, o Tavares? E não estou falando do personagem Tavares, o que chamava a mulher de Biscoito, não. É o Tavares que popularizou a música "More than a woman" do Bee Gees no filme "Embalos de Sábado a noite"...

Eu fui a todos os Túneis do Tempo da Overnight, os que meu pai permitiu ir e os que ele não permitiu também. Bendita hora que entrei na faculdade em 90, ainda não tinha 18, mas ser universitária abriu muitas portas para mim, o que fez papai deixar eu virar a noite dançando até a danceteria fechar às 5h00 da manhã.

O terceiro sonho era aprender um instrumento. Sempre achei que isso fez falta na minha vida, sempre fui dos números, da matemática, tão exata, e ao mesmo tempo pensava "como uma pessoa tão musical que nem eu, não sabe tocar nem um Dó?"

Problema resolvido, antes tarde do que nunca, nesta semana começarei minhas aulas de piano, com uma professora particular.

E o quarto sonho, porque na verdade descobri agora que são 4 e não 3, ah, este depende só do maridão: é me casar de véu e grinalda, aqui na capelinha da Serra, coisa fofa, toda de tijolinhos, e dar uma festa para nossos super amigos, regada a anos 70 e 80, contratar um DJ e dançar até cair do salto!

Entrar na igreja de braços dados com meu filhão, numa tarde ensolarada de dezembro e após as bençãos do padre comemorar entre pessoas queridas esta alegria que já dura 13 anos.

"So don't leave me this way...

...oh baby, my heart is full of love and desire for you..." (música 14 da minha lista)


(foto: arquivo pessoal)

7 de agosto de 2009

Dica de sobremesa para o Dia dos Pais

Esta receita minha mãe sempre fazia, mas com o tempo a gente vai se esquecendo...
Então fuçando o blog do Wessel, http://receitasdowessel.blogspot.com/ (tem coisas bem interessantes por lá), me lembrei do quanto é prática.
Sabe aquele pudinzinho tradicional de leite condensado? Pois então, é só substituir o leite de vaca por suco de laranja e juro, fica um manjar dos deuses! Segue a minha versão:

Bater bem no liquidificador
1 lata de leite condensado
1 lata de suco de laranja natural
4 ovos inteiros

Preparo
Faça o caramelo numa forma redonda com furo no meio e deixe esfriar.
Coloque a mistura líquida sobre o caramelo endurecido e leve ao forno médio em banho-maria por aproximadamente 45 minutos, conforme o forno. O importante é ter consistência de pudim.
Espere esfriar para desenformar, senão quebra. Depois aqueça o caramelo (acrescente água se necessário) e jogue por cima.

É só isso: simples e delicioso!

6 de agosto de 2009

HOMENAGEM A UM PAI ESPECIAL

O pai do meu filho
Ontem à noite, na verdade já era madrugada, acordei com vontade do meu tradicional leitinho quente, que na preguiça não tomei antes de deitar.

Daí que, para driblar meu estômago, fiquei pensando num texto e na minha vontade de ter uma internet debaixo do travesseiro para pensar e escrever ao mesmo tempo. E então dormi, sem escrever nada, sem leite e cheia de idéias.

Ser Pai deve ser realmente uma coisa maravilhosa. E deve ser igual a ser Mãe. Pelo menos aqui em casa.

Nosso filho criou algumas divisões interessantes, por praticidade ou necessidade, não sei.

O primeiro papai que ele falou, saiu Papu e ficou. Aprimorado com o tempo, virou Papuzinho.

Desde sempre, toda vez que acorda de madrugada, chama "Papu". Na hora de tomar o "tete" quando vai dormir, quer "colinho da mamãe". Pra ajudar a limpar o bumbum é "Papu", mas se alguém tem que ser o mais lindo da casa, é a "mamãe", seguido do Fredy, nosso cachorro. E o Papu fica sendo o feião!

E neste nosso universo, do lindão, do mais ou menos e do feião, vejo um paizão tão legal, que comecei a chamá-lo de papai também.

Não tivemos ainda outro filho, mas direto do canil veio o Fredy, Nenê para os íntimos, que também adotou este paizão, mesmo sem ele querer, afinal aqui em casa, só eu é que acho que cachorro é gente. E o Nenê também impôs suas manias: 3 biscroks e um palito depois do jantar, seguido de um "agora vai fazer naninha". Sem isso, faz cara de pidão e nada de ir dormir.

E assim, nesse pedacinho da nossa rotina, quero fazer uma singela homenagem a este Homem que nasceu para ser Pai, que tem coração de Mãe e ama cachorrinhos (mas ainda não sabe).

Papai Papu: feliz Dia dos Pais!!!! Te amamos!! Au-au.