Quando se mora num lugar como o que eu moro, as mudanças de estação são bem visíveis. Estava aqui sentada lendo meus e-mails e olhando o Sol bater diretamente na tela, coisa que até um mês atrás não acontecia...Os raios de Sol invadem minhas janelas por novos ângulos e de repente aquela planta que não recebia luz nunca está tomando seu solzinho matinal.
E não é só isso: às vésperas do Outono as folhas caem e aqui, rodeada de árvores, muito mais. Elas caem, caem, caem e entopem meus ralos, minha calha e realmente não há nada de poético nisso. Bom para o jardineiro, cujas visitas são esperadas ansiosamente (oba, ele vem hoje!), embora no dia seguinte a grama já esteja coberta novamente.
Então o Fredy, que também tem suas manias, depois de três ou quatro dias já não faz mais o seu cocôzinho na grama, pois ele não suporta colocar suas patinhas nas folhas melecadas de orvalho e então transfere seu pipi room para a calçada em frente aos quartos.
Bem, eu não podia esperar outra coisa dele. Se eu sou cheia de manias e os cachorros são a cara do dono, logo temos que o Fredy é uma Patricia de patas!. Acho que ele também tem mania de limpeza!
E por falar em cocô de cachorro, dias atrás, na mesma semana pisei neles três vezes. O que pisei aqui em casa nem liguei, não riam, mas é porque tenho o meu chinelo de recolher cocô!! Quem conhece minha casa sabe, preciso subir e descer um penhasco a caça dos montes espalhados. E olha que faço isso todos os dias.
Como sabem o cocô do cachorro é proporcional ao seu tamanho (isto não vale para nós humanos, tem dias que me surpreendo com os jacarés que meu filhinho solta no vaso, parece coisa de gente grande!) e é claro que um Boxer produz um montinho no mínimo cinco vezes maior do que um Maltês, que dá para recolher com um guardanapo.
Então é 1 kg certo todos os dias aqui no meu quintal e é comum eu pisar em alguma bomba deste campo minado. É por isso que arrumei um chinelo para esta árdua tarefa, que faço sem reclamar por amor ao Fredy e higiene mesmo, que mosca de cocô sentando na gente é nojento.
Até aí tudo bem, já tenho uma natureza ecológica desenvolvida para isso, mas cocô de cachorro alheio é que nem cocô do filho dos outros, a gente torce o nariz e não dá, né? E o pior é que, as duas vezes na mesma semana, foi na calçada em frente ao colégio do meu filho.
Até aí tudo bem, já tenho uma natureza ecológica desenvolvida para isso, mas cocô de cachorro alheio é que nem cocô do filho dos outros, a gente torce o nariz e não dá, né? E o pior é que, as duas vezes na mesma semana, foi na calçada em frente ao colégio do meu filho.
É uma correria todos os dias na hora da saída da escola. Aqui tudo é cronometrado, é por isso que tenho relógios espalhados por vários cantos da casa. Até na lavanderia tenho um relógio de parede.
Tenho hora e minuto certo para descer a rampa de casa, pois cinco minutos na estrada fazem diferença no trânsito que pego no bairro. E não é só chegar na hora, não. Tenho que disputar a tapa (ou buzina) uma vaga para estacionar com as outras mães, se quiser parar perto do portão de saída. Trata-se de uma ruazinha estreita e todas nós pensamos igual: vou chegar 10 minutinhos mais cedo para pegar uma boa vaga.
Após visualizar a tal vaga, geralmente sem muita escolha, ainda tenho que fazer uma baliza digna de exame de auto-escola e enfiar o carro naquele buraco de primeira, porque já tem carro atrás buzinando e os "tios" das peruas escolares rindo...
Daí eu desço apressada, pois tenho que entrar no colégio e buscá-lo dentro da classe, então subo a ladeira sem olhar para o chão e pronto, afundo o pé na lama.
Quem foi que inventou que pisar em cocô de cachorro dá sorte? Pois nas duas vezes me falaram isso e até agora eu não ganhei na loteria.
Quem foi que inventou que pisar em cocô de cachorro dá sorte? Pois nas duas vezes me falaram isso e até agora eu não ganhei na loteria.
Mas esta semana eu encontrei uma dona passeando com seu cãozinho sem saquinho para recolher o serviço e não tive dúvidas, perguntei se ela não tinha vergonha de ficar "encocozando" a calçada alheia. E sabe o que é pior, a calçada nem é tão alheia assim, pois descobri que ela mora poucos metros abaixo, ali, no mesmo quarteirão.
Só me resta torcer para que ela também enfie o pé na jaca e veja como fede!!!
Viu? Eu preciso mesmo ir na igreja com mais frequência, para purificar meu coração e não desejar cocô no pé do próximo.
E acho que vou mudar o nome do meu blog para "Idéias e Patricices e Fredices", pois como percebem, eu faço variações sobre o mesmo tema: a vizinha, o jardineiro, a minha família, o cotidiano, o tempo e é claro, o Fredy!
E acho que vou mudar o nome do meu blog para "Idéias e Patricices e Fredices", pois como percebem, eu faço variações sobre o mesmo tema: a vizinha, o jardineiro, a minha família, o cotidiano, o tempo e é claro, o Fredy!